"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19888

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência e tecnologia de alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Isabela Soares Magalhães
Orientador BRUNO RICARDO DE CASTRO LEITE JUNIOR
Outros membros Ana Flávia Coelho Pacheco, Flaviana Coelho Pacheco, Irene Andressa, Jeferson Silva Cunha
Título Efeito da adição de farinha de ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata Miller) nas características físico-químicas e reológicas do iogurte
Resumo O iogurte é um produto lácteo obtido pela fermentação do leite pelas bactérias láticas Streptococcus salivarius subsp. thermophilus e Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus, o que confere modificações nas características do leite, como o aumento da viscosidade por meio da formação de gel. Industrialmente, diversos aditivos podem ser utilizados para aumentar a viscosidade de iogurtes, tornando o produto mais atrativo ao consumidor. No entanto, existe uma tendência de mercado pela busca de produtos com maior saudabilidade e rótulo clean label, e por isso, a substituição de aditivos sintéticos por ingredientes naturais torna-se interessante. A Pereskia aculeata Miller é uma cactácea nativa do Brasil conhecida popularmente como ora-pro-nobis (OPN). Suas folhas apresentam alto valor nutricional e sua mucilagem tem capacidade de atuar como agente espessante e gelificante devido à presença de biopolímeros que possuem adesão a proteínas. Desta forma, o presente estudo objetivou avaliar o impacto da adição de farinha de OPN (3%) nas características físico-químicas (pH, capacidade de retenção de água (CRA), sólidos totais (ST) e cor) e reológicas de iogurte integral. O pH foi medido à 25°C por pHmetro (Tecnal, Tec-07) previamente calibrado. O teor de ST foi determinado por secagem em estufa à 105°C. A cor foi avaliada por colorímetro modelo Colorquest XE para obtenção dos parâmetros L*, a* e b*. A CRA foi obtida por centrifugação (300 g/ 10 min/ 5°C) e os dados obtidos da avaliação reológica foram ajustados ao modelo de Ostwald-de-Waele e os valores de K (índice de consistência (Pa·sn)) e n (índice de comportamento de fluxo) foram usados para calcular a viscosidade aparente (η, Pa·s) variando a taxa de deformação de 0 a 300 s-1. Verificou-se que os valores de pH (4,29), ST (16,6%) e CRA (82,6%) das amostras OPN 3% foram superiores ao controle (pH: 4,17, ST: 14,4% e CRA: 75,6%) (p<0,05). Em relação à cor, não houve diferença em relação ao parâmetro a* (intensidade de verde a vermelho), enquanto redução no valor de L* (de 85,6 para 63,9 - luminosidade) e aumento no valor de b* (de 7,8 para 11,4 - intensidade de azul a amarelo) foram observados (p<0,05). Além disso, o valor de ΔE foi superior a 22, indicando que a adição de farinha de OPN poderia ser facilmente percebida por meio da mudança de cor da amostra comparada ao controle. Em relação à análise reológica, observou-se que a viscosidade aparente da amostra OPN 3% foi superior ao controle em taxas de deformações superiores a 50 s-1 (p<0,05). A partir dos resultados obtidos, conclui-se que a adição de farinha de OPN ao iogurte pode ser uma alternativa interessante para aumentar a viscosidade, a CRA e os ST do produto, sendo estas, modificações desejáveis do ponto de vista nutricional e técnico-funcional. Futuros trabalhos devem ser realizados visando avaliar o impacto das alterações observadas na aceitação do consumidor.
Palavras-chave Iogurte, ora-pro-nobis, viscosidade
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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