Resumo |
Descrição do tema central do trabalho: As descrições de Henri Paul Hyacinthe Wallon (1879-1962) acerca do desenvolvimento de crianças entre 0 a aproximadamente 19 meses explicitam o processo gradual de construção da representação corporal na criança pequena. Tais descrições configuram-se como algo importante para o desenvolvimento biológico, psicológico e social da criança, sendo indicado pelo autor como importante conquista devendo, pois, ser de interesse da formação docente, no âmbito da Educação Infantil. Público alvo: Estudantes em formação na Educação Infantil. Justificativa: A relevância deste trabalho se encontra nos subsídios teóricos para formação docente, no âmbito da Educação Infantil, para promoção da representação corporal na criança. Objetivos: O trabalho visa oferecer subsídios teóricos para promover a representação corporal das crianças, no âmbito da Educação Infantil. Metodologia: O presente estudo consiste numa pesquisa bibliográfica acerca da construção da representação corporal na criança. Resultados: No primeiro ano de vida, a criança expressa sua afetividade através de movimentos descoordenados. Para construir a representação corporal, o bebê explora o corpo para reconhecer e individualizar as partes e, depois, integrá-lo como unidade. Nesse contexto, ele se mostra também insensível em relação ao seu reflexo no espelho. Gradualmente, passa a sentir-se provocado pela imagem, encarando-a fixamente, mas sem manifestação de interesse. Subsequentemente, passa a estranhar, sorrir e interessar-se pela imagem refletida. Ao sexto mês, o bebê se volta à pessoa da mãe ao captar sua imagem no espelho e reconhecer sua voz, mas ainda não consegue relacionar a imagem especular a si próprio. Ao final do 8º mês de vida, o bebê olha para seu reflexo no espelho quando ouve seu nome, demonstrando não somente uma evolução na autopercepção como também uma associação entre o objeto e sua representação simbólica. Entre os 10-11 meses, a criança começa a sorrir e estender seus braços para o reflexo, sendo capaz de ter uma visão direta, mas ainda fragmentada de seu corpo. Ao longo do segundo ano, torna-se capaz de identificar o outro cuidador no espelho e depois, aos risos, voltar-se para ele, reconhecendo, enfim, o caráter simbólico da imagem especular. Nessa direção, no âmbito da Educação Infantil, os pares podem funcionar como espelhos, possibilitando a construção da representação corporal. Desse modo, podem ser utilizados jogos de imitação para trabalhar a movimentação do corpo e exploração do meio e objetos através dos sentidos, estimulando a construção da representação corporal, sua tomada de consciência e consequente autonomia. Conclusão: A partir do percurso feito, foi possível concluir que ao tomar conhecimento do processo de construção da representação corporal, o profissional da educação infantil pode utilizar jogos imitativos para auxiliar nesse processo. |