"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19876

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Nayara Aparecida da Silva Costa
Orientador SOLIMAR GONCALVES MACHADO
Outros membros Juniel Marques de Oliveira, Rafaela da Silva Rodrigues
Título Avaliação do potencial deteriorador de Pseudomonas spp. isoladas de produtos lácteos
Resumo Espécies do gênero Pseudomonas são frequentemente associadas à deterioração de produtos lácteos devido à sua adaptabilidade em temperaturas de refrigeração. Dois grandes problemas associados a essas bactérias são a produção de proteases termorresistentes, que mantêm atividade após o tratamento térmico de leites fluidos, e a produção de pigmentos azuis, formando manchas em diversos tipos de queijos. Em vista disso, este trabalho objetivou analisar os fatores que afetam a produção de pigmento azul, bem como a capacidade de produção de proteases por bactérias do gênero Pseudomonas. Foram avaliadas as cepas pigmentantes Pseudomonas carnis B157 e C020, Pseudomonas paracarnis A006 e RQ057 e as cepas não pigmentantes Pseudomonas sp. C005, C008, C019 e C026 sendo todas elas isoladas de produtos lácteos. A velocidade de crescimento das quatro cepas pigmentantes foi determinada a 25 °C em caldo Broth Heart Infusion (BHI). A atividade proteolítica das cepas pigmentantes e não pigmentantes foi avaliada no sobrenadante livre de células obtido por centrifugação após cultivo das culturas microbianas em leite UHT integral e em Meio Mínimo para Pseudomonas (MMP) acrescido de 2% (v/v) do mesmo leite. As culturas foram incubadas sob agitação (190 rpm) por 24 h a 25 °C. A determinação da atividade enzimática foi realizada utilizando a azocaseína como substrato da reação enzimática. Para avaliar a estabilidade térmica, tubos contendo leite UHT integral inoculado com as cepas pigmentantes e não pigmentantes (1 % v/v) e incubados a 25 °C por 24 h foram submetidos à 75 °C por 15 segundos. Além disso, foram analisadas as fontes de carbono que afetam a produção de pigmento azul em placas de 24 poços com MMP suplementado com lactato de sódio, glicose, galactose ou citrato de sódio, a 30 mM. As cepas P. carnis C020 e P. paracarnis A006 apresentaram as maiores velocidades específicas de crescimento máximas (0,44/h e 0,40/h, respectivamente). Todas as cepas pigmentantes apresentaram atividade proteolítica em leite UHT enquanto apenas Pseudomonas sp. C005 e C008 apresentaram esta característica dentre as cepas não pigmentantes. Em MMP acrescido de leite, todas as cepas avaliadas foram capazes de produzir proteases. A atividade proteolítica de todas as cepas produtoras de proteases foi superior nos extratos enzimáticos obtidos a partir do cultivo em MMP suplementado com leite UHT. Quanto à resistência térmica, apenas as amostras de leite inoculadas com Pseudomonas sp. C005, C019 e C026 se mantiveram estáveis após o tratamento térmico. Todas as cepas pigmentantes produzem pigmento em 24 horas, quando incubadas à 25 °C na presença de lactato de sódio como fonte de carbono. Concluiu-se que tanto as cepas pigmentantes quanto aquelas não pigmentantes pertencentes ao gênero Pseudomonas apresentam potencial deteriorador e representam risco para a indústria de laticínios.
Palavras-chave Psicrotóficos, Proteólise, Pigmento
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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