"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19862

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Thamires Cristina Lopes Miranda
Orientador LUIS AUGUSTO NERO
Outros membros Caio Fialho de Freitas, Lara Maria Vieira Flores Carvalho, Luís Otávio Toledo Ribeiro, Rafaela da Silva Rodrigues
Título Monitoramento de microrganismos deteriorantes em carne bovina embalada a vácuo
Resumo Produtos de origem animal, como a carne, apresentam uma microbiota amplamente diversificada; portanto, é essencial a realização de um monitoramento adequado para garantir a qualidade de tais alimentos. Essa microbiota é composta, principalmente, por grupos de microrganismos como mesófilos, enterobactérias, bactérias láticas (BAL) e espécies psicotróficas de Clostridium spp., que estão presentes durante o abate e podem causar uma contaminação cruzada durante o processamento. Esse estudo teve como objetivo avaliar a influência de diferentes tempos e temperaturas sobre a multiplicação de microrganismos presentes em carne bovina embalada a vácuo. Para isso, foram obtidas 10 amostras de carne bovina de um frigorífico da região, as quais foram, assepticamente, fracionadas em porções de 400g e conservadas a 4 e 15ºC. As amostras cárneas foram submetidas a protocolos específicos de contagem bacteriana nos dias 0, 7, 14, 21 e 28, visando quantificar aeróbios mesófilos, enterobactérias, bactérias láticas e clostridios sulfito redutores. Além disso, foi realizada a verificação da presença de blown pack nas amostras armazenadas em diferentes temperaturas. Em todas as amostras o armazenamento a 15º C resultou em contagens bacterianas superiores às observadas a 4 º C. Mesófilos variaram de 7,16 ± 0,38 log UFC/g (dia 0) a 9,34 ± 0,07 log UFC/g (15°C, 14 dias), sem diferenças significativas entre as temperaturas (p>0,.05); enterobactérias variaram de 5,85 ± 0,41 log UFC/g (dia 0) a 8,71 ± 0,11 log UFC/g (15 °C, 14 dias), com diferenças significativas entre as temperaturas no dia 14 (p<0,.05); bactérias láticas variaram de 6,07 ± 0,50 log UFC/g (dia 0) a 8,51 ± 0,17 log UFC/g (15°C, 14 dias), sem diferenças significativas entre as duas temperaturas (p>0,.05); Clostridium sulfito redutores variaram de 1,37 ± 0,36 log UFC/g (dia 0) a 6,53 ± 0,31 log UFC/g (15°C, 21 dias), com diferenças significativas entre as temperaturas nos dias 7, 14,. 21 e 28 (p<0,.05). Além disso, houve desenvolvimento de blown pack em todas as amostras (n =10) armazenadas a 15º C , enquanto no armazenamento a 4º C, não foi observado esse tipo de deterioração. Durante o armazenamento a 15 °C, foram observadas diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) entre o tempo inicial (dia 0) e os dias 7, 14 e 21 em bactérias láticas, mesófilos e enterobactérias. A 4 °C apenas bactérias láticas apresentaram diferença significativa durante o armazenamento, especificamente entre o dia 0 e o dia 14. Além disso, houve um aumento na população de clostrídios apenas a 15 °C, sendo que os dias 14, 21 e 28 diferiram do dia 0 (p < 0,05). Os resultados obtidos indicam que uma maior temperatura de armazenamento favorece a multiplicação dos microrganismos deteriorantes e altera as contagens microbianas presentes na carne bovina, levando a alterações de características em produtos cárneos; além disso, podemos associar a blown pack ao armazenamento da carne embalada a vácuo em temperaturas mais elevadas.
Palavras-chave carne bovina, enterobactérias, bactérias láticas
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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