"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19853

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Educação
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Lillian Ferreira Rodrigues
Orientador HELOISA RAIMUNDA HERNECK
Outros membros MARIA SIMONE EUCLIDES, TEREZINHA DUARTE VIEIRA
Título O saberfazer pedagógico antirracista: um estudo com rodas de conversa
Resumo A promulgação da Lei nº 10.639/2003 sobre o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana e a educação para as relações étnico-raciais, apresenta entre as suas demandas a formação de professoras/es para este fim. No entanto, estudos apontam a ausência da formação dos profissionais da educação com o intuito de atender à Lei, bem como que demonstram a expressividade da colonialidade sobre as práticas pedagógicas e as relações (SANTANA, 2011; CAVALLEIRO, 2012; JANGO, 2017). Algumas indagações que dialogam com as relações étnico-raciais e a formação de docentes da Educação Infantil embasaram a presente pesquisa e refletem sobre as infâncias negras. Entre essas questões se encontram: Como professoras/es percebem as relações étnico-raciais na Educação Infantil e na sociedade? Como as relações étnico-raciais são interpretadas e praticadas pelas/os docentes na Educação Infantil? Quais as aproximações que professoras/es têm desta temática? Quais as concepções das/os docentes acerca da formação destinada ao trabalho das relações étnico-raciais com o público infantil? Diante disso, as justificativas que sustentam esta pesquisa percorreram minhas percepções enquanto professora negra e criança negra da Educação Infantil, com o objetivo central de compreender e problematizar as relações étnico-raciais na Educação Infantil a partir da percepção de professoras da primeira etapa da educação básica, da rede pública do município da Zona da Mata, em Minas Gerais. Para alcançar tal propósito, apliquei questionários e realizei quatro rodas de conversa com professoras, inspiradas no ondjango angolano, para o processo formativo das mesmas. A partir das rodas de conversa analisei as conversações, que permitiram constatar que professoras negras possuem maior percepção sobre as dinâmicas das relações étnico-raciais do que as professoras brancas, no entanto ambas possuem dificuldades em constatar a colonialidade sobre o ser, o poder e o saber. Elas demonstraram desconhecimento sobre a temática para o trato na Educação Infantil, ao mesmo passo que não compreendiam o saberfazer pedagógico antirracista como uma postura que percorre todo o processo de ensino e aprendizagem. Nesta pesquisa, verifiquei que as rodas de conversa tiveram um poder formativo antirracista capaz de fortalecer infâncias negras.
Palavras-chave Processos formativos de professores, rodas de conversa, saberfazer pedagógico antirracista
Forma de apresentação..... Vídeo
Link para apresentação Vídeo
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