"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19833

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Henrique de Andrade Cenachi
Orientador HERLY CARLOS TEIXEIRA DIAS
Outros membros Bernardo Fontes Grossi Lino
Título Influência da reabilitação na infiltração e repelência do solo à água em áreas de mineração de Bauxita
Resumo O Brasil possui extensas reservas de minério de Bauxita sendo o terceiro maior produtor com 2,7 toneladas. O processo de mineração de Bauxita é superficial, envolve a retirada da vegetação, decapagem, escavação e transporte do material. A mineração pode influenciar na estrutura do solo e afetar a infiltração? A repelência do solo à água pode diminuir a infiltração? O trabalho tem por objetivo comparar a infiltração e repelência da área testemunha (áreas que não passaram por processo de mineração) e área reabilitada (que passaram pelo processo de reconformação do terreno após lavra, inserção de solos férteis, adubação e plantio) pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). Foram escolhidas 3 áreas no município de São Sebastião da Vargem Alegre, MG. Na determinação da infiltração e repelência foi utilizado o infiltrômetro de MiniDisk, para a análise de resistência mecânica do solo à penetração (RMP) foi utilizado um penetrômetro digital.Para análise estatística foi utilizado o Rstudio e correlação de Spearmam para a determinação da associação entre as variáveis hidrológicas e repelência. Os resultados demonstram que em área reabilitada possui maior capacidade de infiltração (Ci) e velocidade de infiltração (Vi) com 309 mm/h e 298 mm/h, em área testemunha esses valores foram de 148 mm/h e 129 mm/h respectivamente, estatisticamente ocorreu diferença significativa entre as variáveis da área testemunha e reabilitada (p≤0,05). A repelência (R), em área reabilitada foi de 1,48% e a testemunha foi de 6,22%, com diferença estatística (p-valor = 0,012). A correlação de Spearman em área testemunha e reabilitada foi negativa entre Vi e Ci com R, quando o valor de uma variável aumenta a outra diminui. Em área testemunha a correlação entre Ci e Vi e R foram de -0,37, para a área reabilitada, Ci e Vi e R foram de -0,73. A RMP, a profundidade de pressão máxima (cm) para a área reabilitada ficou em média nos 42 cm e na área testemunha ficou a 26 cm. Essa maior resistência em área reabilitada pode ser em decorrência da inserção de material grosseiro no perfil do solo no processo de reabilitação. Concluiu-se que a área reabilitada apresentou as melhores condições hidrológicas, com maiores valores de Vi e Ci, consequentemente menor R em comparação com a área testemunha com baixo Vi e Ci com alto valor de R. A diminuição de R em área reabilitada ocorreu em decorrência da homogeneização da área, essa redução favorece a infiltração e recarga do lençol freático e diminuição do escoamento superficial. Como a compactação em área reabilitada apresentou camadas mais densas a 42 cm, é necessário verificar se de fato a água consegue chegar até a zona de saturação ou se há uma camada de impedimento que proporciona o escoamento subsuperficial. A correlação de Spearman confirmou a relação inversa entre as variáveis hidrológicas e a repelência.
Palavras-chave hidrologia florestal, manejo de bacias hidrográficas, variáveis hidrológicas
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,64 segundos.