Resumo |
Introdução: A avaliação das respostas fisiológicas e do estado de recuperação (REC) de atletas auxilia o processo de prescrição de treinamento, aprimorando a performance atlética, bem como prevenindo lesões e adaptações negativas oriundas do processo de sobretreinamento. Objetivo: Analisar os impactos de um protocolo de sprints repetidos na temperatura da pele (TP) e na resposta de indicadores de dano muscular, estado de fadiga e desempenho neuromuscular em universitários fisicamente ativos. Métodos: Participaram deste estudo piloto 2 universitários fisicamente ativos (idade: 24 anos; massa corporal: 71,05 ± 9,54 Kg; estatura: 1,71 ± 0,02 m; IMC: 24,25 ± 2,46 kg/m2; %G 14,27 ± 3,30 %). Os participantes foram submetidos a um protocolo de intervenção constituído por 15 sprints máximos de 30 metros, com intervalo de REC de 1 minuto entre estímulos (15x30- 1’ REC). Além disso, os participantes realizaram os seguintes procedimentos: avaliações termográficas de membros inferiores, sendo avaliadas 14 regiões corporais de interesse (RCI), tanto na face anterior como na posterior, classificação da percepção subjetiva da dor e de estado de fadiga, avaliação do desempenho neuromuscular e a análise da circunferência da coxa e da panturrilha. Todas essas avaliações foram realizadas 24h antes, imediatamente antes, 24h e 48h após a intervenção. Resultados: Após a intervenção, a TP aumentou durante o período de REC em todas as RCI analisadas, atingindo um pico após 48h de REC em ambos avaliados. A região anterior do joelho foi a RCI com maior aumento de TP, observando valores de aproximadamente 4°C em ambos os avaliados. Um dos avaliados apresentou uma queda de potência de membros inferiores da ordem de 2,77cm 24h após a intervenção, retornando os valores basais após 48h de REC. Em ambos avaliados, observou-se um aumento da circunferência da ordem de 1 cm e 0,5cm no avaliado 1, 2,5cm e 1 cm no avaliado 2, nas regiões da coxa e da panturrilha, respectivamente. O nível de dolorimento e as circunferências, atingiram seus respectivos picos após 48h de REC. No que diz respeito à avaliação do estado de fadiga, observou-se uma redução da qualidade de recuperação 24h após a intervenção, atingindo o pico com 48h de REC em ambos os participantes. Conclusões: O protocolo de sprints repetidos induz um aumento da TP, uma redução do desempenho neuromuscular e da qualidade de REC, bem como, ocasiona um aumento da circunferência da coxa e da panturrilha e do nível de dolorimento muscular. Os resultados encontrados nos permitem inferir que um intervalo de 48h de REC é insuficiente para REC total após realizar 15x30m/1’ REC. Além disso, os resultados preliminares sugerem que a termografia é capaz de detectar alterações térmicas que podem estar associadas à fadiga residual induzida por um protocolo de sprints repetidos, podendo assim, colaborar com o processo de monitoramento da REC muscular.
AGRADECIMENTO: CARREFOUR (BOLSA DE ESTUDO) |