"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19789

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ana Carolina de Almeida Bastos
Orientador MARINA SILVA DE LUCCA
Outros membros Débora Marques de Miranda, GUSTAVO ANTONIO DE OLIVEIRA, OLAVO JOSE XAVIER DO CARMO, SILVIA ALMEIDA CARDOSO
Título Caracterização do TDAH em crianças tratadas com metilfenidato
Resumo Introdução: O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) possui fisiopatologia multifatorial pouco elucidada e está relacionado a fatores genéticos, hereditários e ambientais. O diagnóstico é clínico e a gravidade do transtorno pode interferir nos estudos, nas tarefas domésticas e na socialização. O tratamento adequado é indispensável para que desfechos negativos como isolamento social e evasão escolar sejam minimizados. Objetivo: Caracterizar o TDAH em crianças com relação à apresentação do transtorno, gravidade e comorbidades. Metodologia: Projeto aprovado pelo Comitê de Ética da UFV (nº 4.364.744) e protocolo de estudo registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos. Após a assinatura dos termos de Consentimento Livre e Esclarecido e de Assentimento pelos responsáveis legais e pelas crianças respectivamente, iniciou-se um estudo de coorte aberta prospectivo realizado na Unidade de Atenção Especializada em Saúde (UFV). Foram incluídas 62 crianças (6 a 14 anos), de ambos os sexos, virgens de tratamento, sem comorbidades clínicas e/ou psiquiátricas, com critérios diagnósticos de TDAH pelo DSM-5, diagnóstico feito por entrevista semiestruturada, seguida por avaliação psiquiátrica. A apresentação foi definida baseado nos critérios diagnósticos do DSM-5 e com auxílio do SNAP-IV, instrumento de triagem para sintomas de TDAH. Foi utilizada a escala de impressão clínica global (Clinical Global Impressions - CGI), que possibilita ao avaliador registrar a gravidade da doença de acordo com uma escala que varia de 1 a 8 (sendo 1 “não avaliado”, 2 “não está doente”, 3 “muito leve”, 4 “leve”, 5 “moderada”, 6 “acentuada”, 7 “grave” e 8 “extremamente grave”). Tal avaliação de gravidade foi pontuada pela psiquiatra responsável pela pesquisa durante a entrevista clínica. As informações adquiridas foram registradas na plataforma REDCap (Research Electronic Data Capture), uma software sofisticado para coleta, gerenciamento e disseminação de dados, assim como tabulados e analisados no Excel. Resultados: Dos 62 pacientes diagnosticados com TDAH, 32,3% das crianças tiveram apresentação desatenta, 9,7% apresentação hiperativa/impulsiva e 58,1% apresentação combinada. A gravidade do quadro foi moderado em 16 crianças (25,8%), grave em 28 (45,2%) e extremamente grave em 18 (29%). Além disso, 37% das crianças tinham transtorno desafiador e de oposição como comorbidade e 14,5% transtorno do espectro autista, sendo que 53,2% das crianças tinham pelo menos 1 comorbidade. Com o uso de metilfenidato, apenas 3,2% das crianças não obtiveram melhora nos sintomas de TDAH e 88,7% foram classificados como “muito ou extremamente melhor” após 24 semanas de uso do metilfenidato. Conclusão: A maioria das crianças possuíam TDAH com apresentação combinada, gravidade moderada a extremamente grave, associado a pelo menos 1 comorbidade, sendo a mais comum transtorno desafiador e de oposição, e com melhora significativa após 24 semanas de tratamento com metilfenidato.
Palavras-chave TDAH, metilfenidato, criança.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,63 segundos.