"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19781

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Cleuberton Kenedy Oliveira Raimundo
Orientador MARINA SILVA DE LUCCA
Outros membros Débora Marques de Miranda, GUSTAVO ANTONIO DE OLIVEIRA, OLAVO JOSE XAVIER DO CARMO, SILVIA ALMEIDA CARDOSO
Título Parâmetros clínicos e cardiovasculares de crianças com TDAH tratadas com metilfenidato
Resumo Introdução: O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) em crianças acima de 5 anos tem como primeira linha de tratamento os estimulantes. Os estimulantes apresentam poder de resposta entre 70 e 80%, segurança de uso e impacto na mortalidade e desfechos negativos. Porém, do ponto de vista individual pode comprometer apetite, sono, peso e altura, além de parâmetros cardiovasculares. Objetivo: Avaliar dados clínicos e cardiovasculares em crianças com TDAH antes e após tratamento com metilfenidato. Metodologia: Projeto aprovado pelo Comitê de Ética da UFV (nº 4.364.744) e protocolo de estudo registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos. Após a assinatura dos termos de Consentimento Livre e Esclarecido e de Assentimento pelos responsáveis legais e pelas crianças respectivamente, iniciou-se um estudo de coorte aberta prospectivo realizado na Unidade de Atenção Especializada em Saúde (UFV). Foram incluídas 62 crianças (6 a 14 anos), de ambos os sexos, virgens de tratamento, sem comorbidades clínicas e/ou psiquiátricas, com critérios diagnósticos de TDAH pelo DSM-5, diagnóstico feito por entrevista semiestruturada, seguida por avaliação psiquiátrica. Foram 3 pontos de avaliação: tempo inicial, após 12 e 24 semanas de metilfenidato. As variáveis coletadas foram glicemia capilar (HGT), Índice de massa corporal (IMC), Pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), frequência cardíaca (FC), temperatura corporal (Tº), nível de atividade física e horas de sono por noite, peso e estado nutricional. Os dados foram descritos em suas frequências absolutas e relativas, por sua média e seu desvio-padrão no software SPSS (versão 23.0 para Windows). Foi usada análise de variância ANOVA (f) para comparações múltiplas, considerando significância estatística com p<0,05. Resultados: Nível de atividade física, PAD e HGT não apresentaram diferenças significativas nos 3 pontos avaliados. As seguintes variáveis apresentaram diferença significativa: IMC (redução p<0,001), PAS (aumento, p=0,005), FC (aumento, p<0,001) e Tº (aumento, p<0,009). Crianças com IMC acima do esperado para sua faixa etária foram 23 (37%), 12 (19,3%) e 13 (21%) das crianças no tempo inicial, após 12 e 24 semanas de uso de metilfenidato respectivamente. Ao longo das 24 semanas de seguimento, entre 3,4 e 4,8% das crianças tinham peso abaixo do esperado, Quase 76% das crianças dormiam ao menos 8 horas por noite, a dose média de metilfenidato utilizada foi de 0,65 mg/kg/dia ao longo das 24 semanas. Conclusão: O uso de metilfenidato associou-se à queda do índice de massa corporal, porém com impacto maior em crianças com sobrepeso e obesidade, não havendo aumento da taxa de baixo peso. Aumentos da temperatura, frequência cardíaca e pressão arterial sistólica foram estatisticamente significativas, porém clinicamente pouco importante, mantendo-se dentro da faixa de normalidade esperada para a faixa etária. A medicação não afetou o número total de horas de sono.
Palavras-chave TDAH, metilfenidato, criança
Forma de apresentação..... Vídeo
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