Resumo |
O presente projeto atua junto aos moradores da Área de Proteção Ambiental (APA) do Ribeirão São Bartolomeu, região responsável pelo fornecimento de água para a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e parte do município de Viçosa. Essa comunidade, em sua maioria, não possui acesso a rede de água tratada e enfrenta desafios relacionados ao tratamento de efluentes domésticos e agropecuários, fato evidenciado ao longo de 2022, quando se constatou que alguns membros da comunidade estavam consumindo água fora do padrão de potabilidade. Diante deste cenário, o presente projeto visa promover a saúde e prevenir doenças de veiculação hídrica, a partir da realização de ações de educação sanitária e ambiental. Para tanto, serão utilizados dados já levantados sobre a qualidade da água consumida pela comunidade, a fim de ampliar o trabalho que vem sendo realizado nos últimos anos na região, em parceria com a Associação de Moradores do Paraíso. Nesta nova etapa do projeto serão obtidos dados cadastrais dos moradores para subsidiar e direcionar intervenções futuras na bacia, visando a adoção de boas práticas sanitárias e ambientais para melhorar a qualidade de vida da população e do manancial. Serão realizadas visitas aos moradores que estavam consumindo água contaminada, de acordo com o levantamento realizado em 2022, para propor soluções individuais de tratamento. Na oportunidade, novas análises da qualidade da água consumida serão realizadas. Também será organizado um encontro com toda a comunidade, a fim de reforçar temas relacionados à educação ambiental e sanitária, bem como apresentar alternativas viáveis de como tratar a água e os efluentes domésticos e agropecuários. Inicialmente, foi elaborada uma apostila sobre tratamento de água no meio rural, que servirá como base para um minicurso nessa temática e será apresentado na 93ª Semana do Fazendeiro da UFV e para posteriores visitas à comunidade. O projeto também foi divulgado no 1º Encontro Ambiental de Viçosa, estabelecendo um contato direto com a população local e reforçando a importância do tema para o município. Estima-se que em torno de 300 pessoas visitaram o estande, quando se observou uma preocupação da comunidade em relação aos fatores que contribuem para a degradação da qualidade da água consumida e da bacia hidrográfica, no entanto, é necessário intensificar as ações de sensibilização e educação sanitária, munindo a comunidade de informações e técnicas, para, de fato, melhorar a qualidade da água consumida pela população e dos cursos d'água daquela região. |