"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19773

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Vitória Eduarda Gontijo Rodrigues
Orientador AMANDA FERREIRA E CUNHA
Título O substrato como fator indutor da variabilidade morfológica em hidrozoários coloniais (Hydrozoa, Proboscoida)
Resumo O termo hidroide refere-se ao estágio séssil e polipoide da classe Hydrozoa (Cnidaria). Dentre os aspectos que caracterizam o grupo, é possível destacar a variabilidade morfológica que pode ser influenciada pela temperatura, salinidade e pelo hidrodinamismo. Diversos trabalhos também apontam o substrato como possível fator indutor da plasticidade fenotípica no grupo, porém, há poucos registros que comprovem tal hipótese. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo verificar se variações morfológicas em hidroides podem ser induzidas por seus substratos vivos. Para tal fim, as espécies Clytia gracilis e Obelia dichotoma foram coletadas nos estados de Santa Catarina (SC) e São Paulo (SP) em substratos vegetais e animais, e seus caracteres morfológicos foram medidos com auxílio de micrômetro ocular. A Análise de Componentes Principais (PCA) foi utilizada para verificar os padrões de variação dos caracteres morfológicos estudados. A partir da comparação dos dados morfométricos intraespecíficos, foi verificado que a maior parte da variação observada nas amostras de C. gracilis e O. dichotoma é explicada por diferenças no tamanho (comprimento) do pólipo e da hidroteca. Os maiores valores de tamanho foram encontrados em hidroides com maior número de entrenós nas colônias ramificadas. Da mesma forma, a presença ou ausência de gonotecas também diferenciou algumas das amostras, embora esses caracteres não tenham apresentado relação clara com a localidade (SP ou SC) ou o substrato (alga ou animal) de ocorrência da amostra. Apesar disso, as duas espécies apresentaram variações morfológicas semelhantes ao comparar os demais caracteres e diferentes tipos de substratos. Quando sobre esponjas, os hidroides de ambas as espécies tendem a apresentar tamanhos maiores, possuindo um maior número de entrenós e perissarco menos espesso, ao passo que sobre algas e briozoários os pólipos tendem a ser menores e com perissarco mais espesso. Os espécimes que ocorreram sobre outros pólipos de Hydrozoa, para os dois estados e substratos, mostraram ampla variação quanto à espessura do perissarco e ao comprimento e diâmetro das estruturas, sugerindo que essas variações estejam relacionadas a padrões específicos de cada espécie. Da mesma forma, espécimes de C. gracilis que ocorrem em conchas de bivalves tendem a apresentar pólipos menores e com perissarco menos espesso, enquanto em O. dichotoma, hidroides que ocorrem em conchas tendem a ser maiores e mais ramificados. Diante disso, fica claro que as diferentes espécies apresentam padrões convergentes de variação morfológica, sugerindo que os diferentes substratos podem influenciar essas variações. Apesar disso, diferenças morfológicas observadas entre hidroides sobre um mesmo substrato sugerem uma maior importância de outros fatores, como variações ambientais ou características filogenéticas das espécies.
Palavras-chave Plasticidade fenotípica, basibionte, morfometria
Forma de apresentação..... Vídeo
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