"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19731

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Josmaíle de Paula Braz
Orientador GLEISON AUGUSTO DOS SANTOS
Outros membros André Peixoto Lorenzoni, Camila Ferreira Paixão, Genaina Aparecida de Souza, Thaline Martins Pimenta
Título Top grafting como indutor de aceleração do florescimento em genótipos autofecundados de Eucalyptus
Resumo O top grafting (enxertia de topo) consiste na união de enxertos, ainda em fase juvenil, à copa de árvores reprodutivamente maduras, com intuito de induzir o florescimento dos enxertos. É uma técnica que induz o aceleramento do florescimento de genótipos de interesse, permitindo a redução de tempo para obter cada geração no melhoramento florestal. Para o top grafting em Eucalyptus, ainda não possui um processo que o torne uma técnica usual e utilizado em larga escala pelas empresas do setor florestal. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi estabelecer uma metodologia padrão para a realização de top graftings em genótipos autofecundados do gênero Eucalyptus, visando a indução de florescimento precoce. Foram testados os genótipos e espécies: E. urophylla, E. grandis e híbrido entre E. urophylla e E.grandis. Para a realização do trabalho, foram selecionados, em campo, indivíduos com 3 anos, que apresentaram melhor desempenho e genotipados para confirmação de autofecundação. Os porta-enxertos selecionados foram preferencialmente aqueles que geraram os genótipos selecionados por autofecundação (parental materno). O delineamento utilizado foi em blocos casualizados com 4 blocos x 4 repetições x 2 tratamentos (com e sem aplicação de paclobutrazol - PBZ), equivalente a 32 enxertos por genótipo. A unidade experimental foi constituída por 8 genótipos e 16 plantas, o equivalente a 224 enxertos realizados em duas épocas diferentes: julho e novembro (3 e 6 meses antes do florescimento convencional das espécies). Foram realizadas avaliações periódicas a cada três meses,durante 24 meses. Os top graftings vivos foram avaliados em relação à indução do florescimento (contagem de botões florais e frutos) e desenvolvimento dos top graftings (taxa de sobrevivência e cálculo da área de copa). As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se a máxima verossimilhança restrita/ melhor preditor linear não viesado (REML/BLUP). Para o efeito fixo de tratamento relativo ao uso de PBZ, foi feito um teste t a 5% de significância. Os top graftings foram efetivos para a indução de florescimento de Eucalyptus autofecundados, visto que a quantidade de botões florais produzida foi suficiente para realizar o próximo ciclo de autofecundação em 4 genótipos. Levando em consideração a indução de florescimento, sobrevivência e desenvolvimento da área de copa, os melhores resultados foram obtidos para os top graftings realizados 3 meses antes do florescimento. Sendo assim, este período é o mais adequado para utilizar esta técnica. A aplicação de paclobutrazol favoreceu o florescimento dos top graftings, entretanto, não afetou a taxa de sobrevivência e o desenvolvimento de área de copa dos enxertos. Concluímos que a técnica de top graftings é viável para Eucalyptus e pode ser replicada para as espécies do gênero, seguindo os procedimentos realizados no trabalho. Além disso, a aplicação de paclobutrazol favorece o florescimento dos top graftings.
Palavras-chave Enxertia, Florescimento, Melhoramento florestal
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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