Resumo |
O ensino de Ciências nas escolas constitui uma forma de levar o estudante a interpretar o mundo que o cerca e se torna um estímulo ao pensamento lógico e crítico sobre fenômenos cotidianos. Deste modo, o contato com o conhecimento científico contribui para a formação de cidadãos e tem um enorme valor social. Considerando isso, o programa da CAPES Residência Pedagógica tem como proposta fazer uma parceria entre a universidade e as escolas. Assim, é feita uma ponte entre esses dois universos, de um lado, contribuindo para a formação plena dos estudantes de Licenciatura e, de outro, desenvolvendo o ensino científico junto do professor responsável a partir de múltiplas estratégias que promovam a aprendizagem e o engajamento dos alunos. Portanto, houveram diversas oportunidades de vivenciar essas propostas na prática e observar os resultados das atividades incluídas na sala de aula. Dentre elas, uma das atividades desenvolvidas consistia em uma experiência demonstrativa sobre as teorias de ácidos e bases. Com material próprio, foi possível demonstrar as mudanças visuais de coloração perceptíveis a olho nu referentes às transformações químicas. A atividade foi bastante interessante, pois o professor conseguiu cativar a atenção dos alunos fazendo uma espécie de jogo de adivinhação, desafiando-os a relacionar o que foi apresentado no conteúdo e fazer apostas se a cor mudaria à medida que eram adicionados os reagentes. Os alunos ficaram bastante intrigados com a ideia e ficavam animados quando conseguiam acertar se haveria mudança de coloração ou não. Outra proposta apresentada em aula, como reforço aos conteúdos relacionados à tabela periódica, compreendia em organizar grupos para disputarem quem montava a tabela periódica primeiro a partir de um material que era um jogo de tabuleiro. Este jogo tinha o intuito de fazer com que os estudantes usassem a estratégia de que os elementos são dispostos por ordem crescente de número atômico, e aqueles grupos que percebessem isso, teriam uma certa vantagem em vencer. A experiência também foi muito proveitosa e os alunos ficaram bem empolgados. A terceira ideia levada em aula envolvia pequenos minerais e rochas que eram escolhidas por dupla de alunos. Após a escolha, era necessário descobrir o nome daquele mineral por meio de uma tabela comparativa que o professor dispôs para consulta na frente da sala. Partindo disso, era dado a cada aluno um material avaliativo sobre aquele mineral em que tinham que responder perguntas relacionadas às suas características e seus elementos químicos. Diante do exposto, é possível constatar que as atividades fora do roteiro comum de quadro, giz e caderno, como complemento ao currículo básico comum, apresentaram-se como uma ótima estratégia didático-pedagógica e possibilitaram resultados satisfatórios para aprendizagem dos alunos. Ademais, constituiu-se como um agregador valioso para consolidar o conhecimento científico. |