"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19669

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Emanuel Vitor Diniz Leite Resende
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Clara Maria do Vale, Isabella Salgado Faustino, Klisman Oliveira, Lívia Cristina Busato
Título Potencial de neutralização das árvores do Bosque Carbono Zero aos 48 meses de idade
Resumo O aumento significativo na concentração de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera é principalmente pelas atividades antrópicas, promovendo o aquecimento global. A mitigação das emissões de GEE, pode ser feita com plantios de neutralização em que os indivíduos arbóreos por meio da fotossíntese removem carbono da atmosfera. Assim o estudo tem como objetivo avaliar o potencial de neutralização de plantios dos Bosque Carbono Zero aos 48 meses de idade. O local de estudo está localizado no Espaço Aberto de Eventos da Universidade Federal de Viçosa, em que foram avaliados os plantios de neutralização da Semana do Fazendeiro de 2010 a 2018, totalizando 2536 mudas. Dados de inventário coletados no quarto ano de cada plantio foram utilizados em que a altura(cm) e diâmetro a altura do solo (mm) foram mensurados. O estoque de carbono foi calculado usando a formula ajustada para plantios do Carbono Zero, em que Cij= estoque de carbono do i-ésimo indivíduo da j-ésima espécie (kg); DAS= diâmetro a altura do solo e H= altura total do indivíduo. Para melhor apuração dos dados, foi analisado e comparado a estocagem de carbono por tamanho de plantio. Foi considerado que cada muda ocupa um espaço de 4m², devido ao espaçamento de 2x2m. Portanto para cada área, foi feita uma multiplicação de indivíduos vivos por 4m². De maneira geral, os plantios analisados estocaram, aos 4 anos, 72,05 t de carbono em 1,07ha com mais de 50% estocado nos plantios 2013, 2016 e 2017 com valores de 20,38 Kg/m²; 11,87 Kg/m² 12,12 Kg/m² de carbono. Já em contrapartida, 2010, 2011 e 2015 foram os plantios de menor destaque, com estoques de 0,12 Kg/m²; 0,40 Kg/m² e 0,13 Kg/m² Kg de C, respectivamente. Essa diferença se, em especial, por sua composição de espécies. Os indivíduos de Schizolobium parahyba (Guapuruvu), Joannesia princeps (Cutieira), Plathymenia reticulada (Vinhático), Piptadenia gonoacantha (Pau-jacaré) e Albizia niopoides (Farinha-seca) estocaram 10,25; 10,25; 74,50; 64,61 e 42,01 t de C, respectivamente em 4 anos. O maior destaque das espécies Guapuruvu e Cutieira é explicado pelo seu grupo ecológico, pois todas são pioneiras, sendo de rápido crescimento e estocam grandes quantidades de carbono a curto prazo em relação as espécies secundárias. Além do mais, estas espécies estão presente nos plantios de maior destaque, contribuindo com seu estoque de C alto a curto prazo. Já as espécies com menor estoque, estão no plantio 2015 como Handroanthus serratifolius (Ipê-amarelo), Guarea guidonia (Piorreira), Cybistax antisyphilitica (Ipê-verde), Zeyheria tuberculosa (Ipê-preto), Handroanthus chrysotrichus (Ipê-tabaco) com 0,16; 0,20; 0,46; 0,72 e 1,19 kg cada indivíduo. O baixo valor se deve ao fato destas espécies serem não pioneiras, desenvolvendo-se em estágios avançados de sucessão, devido à necessidade de sombreamento e intolerância a luminosidade para seu crescimento.
Palavras-chave Espécies Florestais, Estoque de carbono, Mudanças climáticas
Forma de apresentação..... Painel
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