Resumo |
Um dos maiores desafios das cirurgias de estabilização vertebral é a falha por arrancamento dos implantes utilizados. A partir disto, com este trabalho, objetivou-se analisar a biomecânica dos implantes disponíveis no mercado, avaliando a força necessária para o arrancamento axial dos parafusos axiais, bloqueados, corticais e pinos Schanz e Steinmann, associados ao polímero polimetilmetacrilato. A metodologia utilizada nesse estudo se baseou em uma análise estatística e avaliação dos resultados obtidos dos testes biomecânicos dos implantes fixados em modelos experimentais, criados a partir de vértebras lombares de cães, que foram padronizadas quanto à densidade óssea previamente. Foram criados cinco grupos experimentais, cada um contendo 10 unidades, referentes aos grupos de implantes já citados. Os corpos de prova foram submetidos a uma máquina universal de testes que registra a força de tração necessária para deslocar determinado material por unidade de tempo, até o momento de arrancamento para se obter esta força em específico. Os resultados obtidos foram filtrados por uma análise estatística de variância (ANOVA), mostrando desempenho superior dos grupos de parafuso poliaxiais e dos parafusos bloqueados (64,18 ± 12,14 e 40,50 ± 9,32). Os grupos de parafusos corticais e de pinos de Schanz apresentaram médias semelhantes, porém com desempenho inferior aos anteriores (57,49 ± 9,86 e 31,51 ± 2,18). Já o grupo de pinos Steinmann, apresentaram a menor média de resistência ao arrancamento, com uma porcentagem significativamente menor (14,00 ± 1,58). Como consequência, devemos optar sempre pelo implante que possui mais resistência à força de arrancamento, a depender das propriedades mecânicas da interface osso-implante. De acordo com os resultados, recomenda-se então, evitar o uso de pinos Steinmann, pela baixa resistência ao arrancamento, provavelmente relacionada à superfície lisa dos pinos. Além disso, podemos observar que os parafusos poliaxiais e os parafusos bloqueados apresentam o melhor desempenho. |