ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Comunicação |
Setor | Departamento de Comunicação Social |
Bolsa | Não se Aplica |
Conclusão de bolsa | Sim |
Primeiro autor | Stéfany do Nascimento Peron |
Orientador | RENNAN LANNA MARTINS MAFRA |
Título | CONSUMO CULTURAL, MERCADO DE MÚSICA SERTANEJA E COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL: letras, videoclipes e violência naturalizada contra as mulheres |
Resumo | O presente trabalho busca problematizar, a partir de uma perspectiva comunicacional, o consumo cultural de música sertaneja no Brasil e como este, sendo parte do discurso oficial da indústria musical - num amplo, complexo e difuso processo de comunicação organizacional (MAFRA, 2021) - contribui para a naturalização da violência contra a mulher nas letras e videoclipes. Lançando mão dos trabalhos de Baldissera (2023) Gumbrecht (2010), Canclini (1997), França (2020) e Butler (1988), realizou-se uma análise das letras e dos videoclipes de 6 canções amplamente consumidas entre 2020 e 2022. As conclusões mostram que a perpetuação de valores patriarcais na sociedade é fruto de uma dinâmica relacional entre uma indústria influente, que utiliza estratégias e mecanismos para que o próprio público atue na retroalimentação desses discursos a fim de manter o funcionamento de uma lógica altamente lucrativa. Para isso, os resultados da pesquisa se apresentam em dois artigos. O primeiro buscou problematizar, a partir de uma perspectiva comunicacional, a relação entre o consumo cultural da música sertaneja e a perpetuação da violência naturalizada contra as mulheres. Para isso lançamos mão de três aportes teóricos: 1) Canclini (1997), para discutir o processo de consumo cultural; 2) Esteban (2007), que discorre acerca da antropologia das emoções; e, por fim 3) Gumbrecht (2010), para tratar dos efeitos de presença e da função encantatória da linguagem rítmica. Pudemos concluir que a violência se mostra latente nas letras na medida em que faz parte de uma lógica industrial do mercado, e que a perpetuação desse discurso é incentivada por esse mecanismo, pois é altamente lucrativa. O segundo artigo buscou compreender como a violência contra mulheres é naturalizada em conteúdos de videoclipes de músicas sertanejas, no contexto da rede social YouTube. Para isso, partiu das noções de consumo (CANCLINI, 1997), organização comunicada (BALDISSERA, 2023) e presença (GUMBRECHT, 2010) e, como metodologia, adotou a análise de conteúdo (BARDIN, 2016). Como resultados, a pesquisa reconhece o poder da indústria na construção da naturalização da violência contra as mulheres, embora também identifique o caráter relacional desse processo, na medida em que consumidores desse conteúdo também colaboram, no contexto da plataforma, para tal naturalização. |
Palavras-chave | Música Sertaneja, Comunicação Organizacional, Violência contra a mulher |
Forma de apresentação..... | Vídeo |
Link para apresentação | Vídeo |
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