"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19633

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Educação
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Mariana Mendes Barcelos e Santos
Orientador HELOISA RAIMUNDA HERNECK
Outros membros Kelly da Silva
Título A subjetividade de mulheres lésbicas: um olhar sobre a lesbofobia
Resumo Enquanto a heterossexualidade é considerada a norma, as sexualidades dissidentes desafiam esse padrão hegemônico, resultando em exclusão, punição, opressão e marginalização para aqueles que se desviam desse modelo. A sociedade, além de heteronormativa, é também patriarcal e misógina. Mulheres lésbicas, ao expressarem sua identidade sexual, encontram-se em um estado de desvantagem social, suscetíveis a diversas formas de violência, incluindo a misoginia, a homofobia e a junção das duas anteriores: a lesbofobia e a lesbomisoginia. Suas vivências são marcadas pela negação, negligência, brutalidade e violência, o que impacta profundamente a construção de suas identidades e subjetividades. A pesquisa objetiva discorrer sobre possibilidades de como a sociedade heteronormativa e misógina pode afetar a construção da subjetividade lésbica, analisando os fatores que moldam suas realidades e subjetividades. As vivências de mulheres lésbicas são complexas e singulares, exigindo uma abordagem sensível e atenta às nuances de suas experiências.A pesquisa utiliza uma abordagem bibliográfica, com referências teóricas de autoras lesbofeministas e autores pós-estruturalistas, para compreender a construção da subjetividade das mulheres lésbicas, levando em consideração a lesbomisoginia. A construção da subjetividade de mulheres lésbicas desafia os padrões impostos pela heteronormatividade, tornando-se um espaço de resistência. Esses processos de subjetivação são tanto políticos quanto pessoais, envolvendo a interação entre as práticas cotidianas de poder e as vivências individuais das mulheres lésbicas. A heterossexualidade compulsória, como um regime político de controle sobre os corpos, recai de forma desigual sobre homens e mulheres, explorando especialmente a capacidade reprodutiva feminina. Esse mecanismo de controle é essencial para manter a exclusão no sistema heteronormativo. A lesbofobia atua como um instrumento para regular a heterossexualidade compulsória, influenciando os processos de subjetivação das lésbicas. A estrutura patriarcal e misógina perpetua a exclusão e a opressão das mulheres lésbicas. A misoginia desempenha um papel crucial na manutenção dessa estrutura opressora. A invisibilização das lésbicas está enraizada na estrutura patriarcal, que busca controlar as mulheres como classe sexual. A subjetividade lésbica, portanto, se constitui em um contexto de resistência e ressignificação. A construção da subjetividade de mulheres lésbicas é um território complexo e multifacetado, atravessado por forças sociais, políticas e culturais que moldam suas experiências e identidades.
Palavras-chave Lésbicas, subjetividade, lesbofobia
Forma de apresentação..... Vídeo
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