Resumo |
Criado em 1973, o Programa Nacional de Imunização objetiva a distribuição gratuita de vacinas atenuadas e inativadas – aqui, importa notarmos a presença dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais, que distribuem vacinas acelulares, com menos potencial reativo, para quem apresenta contraindicação às atenuadas. Entretanto, dados do Ministério da Saúde revelam uma queda de adesão às vacinas na última década. Nesse contexto, a pesquisa que derivou o presente trabalho visa investigar se a falta de informações corretas acerca das vacinas, principalmente das atenuadas pode estar relacionada à queda na adesão. Para isso, um questionário ainda está sendo aplicado aos estudantes do CAp-COLUNI (devido ao atraso na Aprovação da Pesquisa pelo CEP), visando investigar seu conhecimento acerca da vacinação. A partir dos resultados preliminares, o presente trabalho objetiva apresentar uma compreensão das vacinas atenuadas bem como das suas taxas de aplicação na Região Sudeste no período que compreende 2019 a 2022. Nessa direção, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre as vacinas atenuadas e um estudo ecológico realizado na Região Sudeste, no período de 2019 a 2022, verificando as taxas de vacinação das vacinas BCG, poliomielite (SABIN), rotavírus, febre amarela, tríplice viral, tetraviral e varicela. As análises foram realizadas no Microsoft Excel. Como resultados, identificamos que as vacinas atenuadas mantêm o seu potencial infeccioso, mas não são capazes de desencadear a enfermidade. A acelular é indicada para: indivíduos imunossuprimidos; com reação anafilática e/ou convulsão nas primeiras 24-72h após o uso da vacina atenuada; com risco de descompensação ou síndrome hipotônico-hiporresponsiva até 48 horas após vacina atenuada. Já sobre as taxas da cobertura vacinal das vacinas atenuadas no Sudeste entre 2019 e 2022, foi identificado, para a vacina BCG, uma queda de 3,895%; para a vacina SABIN, uma queda de 4,140%; relativo à vacina Rotavírus, uma queda de 16,64%; para vacina da Febre Amarela, uma queda de 6,21%; em relação à Tríplice Viral, uma queda de 59,4%; para a Tetraviral, uma queda de 49,5%; e, por fim, relativo à vacina Varicela, um aumento de 1,4%. É importante ressaltar que os cálculos foram realizados considerando a população brasileira total. Se utilizássemos apenas o público-alvo das vacinas, as quedas seriam, possivelmente, maiores. Conclui-se, portanto, que, com exceção da Varicela (ao comparar 2019 e 2022), todas as vacinas tiveram queda de adesão, destacando a Tetraviral e a Tríplice Viral, responsáveis pela prevenção do sarampo, caxumba, rubéola e varicela, justificando a volta do sarampo ao Brasil. Um possível motivo para isto pode ser, justamente, a desinformação, algo que a análise das respostas aos questionários poderá subsidiar. Nesse caso, torna-se pertinente que as escolas trabalhem amplamente o tema, melhorando, assim, o índice vacinal. |