"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19605

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Vanessa Soares Ribeiro
Orientador LUCAS NAVARRO PAOLUCCI
Outros membros Aline Celso Siqueira Jordão, Angela Rossi Casali, Jade Carvalho Guimarães, Tathiana Guerra Sobrinho
Título A proporção de floresta do entorno não altera o controle topo-base promovido por formigas em cafezais
Resumo Mudanças no uso da terra para a implementação de monoculturas promovem perda de diversidade, o que muitas vezes altera serviços ecossistêmicos. Remanescentes florestais presentes ao redor das áreas de monocultura podem abrigar um grande número de espécies, aumentando a diversidade local e os processos ecossistêmicos associados. Formigas desempenham diversos serviços ecossistêmicos, como dispersão de sementes, aeração e nutrição do solo e controle topo-base de invertebrados, através da predação. O controle topo-base promovido por formigas pode diminuir a quantidade de herbívoros potenciais pragas de plantações, o que beneficia a comunidade vegetal e sua produtividade. No entanto, não se sabe como essas interações ocorrem em áreas de monocultura e se elas são influenciadas pela quantidade de floresta ao redor da plantação. Nós avaliamos se o aumento da quantidade de floresta nativa no entorno de plantações de café nas regiões de Viçosa, Canaã e Araponga, MG, promove aumento no controle topo-base de invertebrados, promovido por formigas. Nós selecionamos nove plantações, e em cada uma delas calculamos uma área de amortecimento (buffer) com um raio de 500 metros. Em cada área de amortecimento nós calculamos a proporção de floresta nativa presente. Em cada plantação, nós conduzimos cinco réplicas de um experimento de predação de cupins por formigas, onde em cada réplica dispusemos três pedaços de papel branco, distantes entre si por três metros, cada um com um cupim colado com cola branca. Nós observamos os cupins durante 15 minutos, e calculamos a proporção de cupins predados por formigas durante este tempo. Para cada plantação, nós obtivemos a média de predação dos cupins das cinco réplicas. O aumento da porcentagem de área de floresta nativa ao redor da plantação não aumentou a proporção de cupins predados por formigas (p=0,39). Portanto, a função de controle topo-base desempenhada pelas formigas é mantida mesmo com a mudança do uso da terra no entorno da monocultura de café. A própria plantação do café, juntamente com a paisagem do entorno, independentemente de esta ser composta por floresta nativa, é capaz de prover hábitats e recursos para formigas predadoras que forrageiam nas plantações – e potencialmente controlam populações de potenciais insetos pragas.
Palavras-chave Cafeicultura, controle topo-base, formigas.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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