"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19604

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Bioquímica
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Halina Schultz
Orientador MARIA GORETI DE ALMEIDA OLIVEIRA
Outros membros Geisiane Aparecida Mariano, HUMBERTO JOSUE DE OLIVEIRA RAMOS, Rafael Júnior de Andrade, Yaremis Meriño Cabrera
Título Influência da microbiota intestinal de Anticarsia Gemmatalis (Lepidoptera: Noctuidae) sobre peptídeos inibidores de proteases
Resumo Anticarsia gemmatalis (Hübner, 1818) (Lepidoptera: Noctuidae) é uma das principais pragas da cultura da soja na região Neotropical e a principal praga da cultura no Brasil. As interações insetos-microrganismos são importantes e contribuem para o fitness dos insetos. Trabalhos anteriores demonstraram a contribuição da microbiota intestinal para a digestão de proteínas e desenvolvimento da lagarta da soja. Com isso, esse estudo tem como objetivo avaliar o efeito da microbiota intestinal sobre a sobrevivência e ciclo larval de A. gemmatalis em resposta a exposição de peptídeos inibidores de proteases tripsina-like, GORE2 e GORE1. Para os ensaios biológicos, foram utilizados 30 indivíduos por tratamento em seis tratamentos: controle (sem adição de tetraciclina ou inibidores de proteases); tetraciclina; inibidor de proteases GORE1; inibidor de proteases GORE2; tetraciclina + GORE1; tetraciclina + GORE2. A concentração de tetraciclina foi de 60µg/100g de dieta e dos peptídeos de 0.12% (p/p). As lagartas foram individualizadas em recipientes plásticos e alimentadas ad libitum com uma dieta artificial contendo seu respectivo tratamento. A sobrevivência foi avaliada diariamente observando as atividades locomotoras durante a troca de dieta. Na ausência de atividade, foi produzido um estímulo com um pincel de cerdas macias para observar se a lagarta respondia ao estímulo ou não. A duração do ciclo larval foi considerada do início do experimento (lagartas com 5 dias após a eclosão dos ovos) até pré-pupa. Os dados de sobrevivência foram submetidos ao estimador de Kaplan–Meier e as curvas obtidas para cada tratamento foram comparadas pelo teste de log-rank. O período larval foi submetido a análise de variância ANOVA, seguida de comparação de médias pelo teste de Tukey a 5% de significância. Os dados foram analisados utilizando o software GraphPad Prism 5.0. Para o ciclo larval (F=1,222, p<0,0001), houve diferença significativa entre os tratamentos. O ciclo larval dos insetos alimentados com a dieta controle foi de 12,90 ± 2,42 dias, enquanto para as lagartas expostas a tetraciclina foi de 10,10 ± 1,28 dias, mostrando menor período larval nas lagartas que tiveram sua microbiota desequilibrada pela exposição ao antibiótico. A análise de sobrevivência mostrou que lagartas de A. gemmatalis expostas aos peptídeos GORE1 e GORE2 com e sem desequilíbrio da microbiota intestinal apresentaram diferenças significativas (log-rank χ2 =10,49, p=0,03). A menor porcentagem de sobrevivência observada foi em lagartas alimentadas com dieta contendo o peptídeo GORE2 (46,6%). Com os resultados obtidos, podemos observar que os peptídeos foram capazes de afetar a sobrevivência das lagartas de A. gemmatalis, provavelmente devido ao comprometimento na atividade de proteases intestinais, afetando a sua digestão proteica. Análises complementares são necessárias para proporcionar melhor entendimento sobre a atividade inseticida dos peptídeos e seu uso no manejo integrado de pragas.
Palavras-chave Tripsina-like, sobrevivência, bioinseticida
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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