"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19591

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Hugo de Sousa Côrtes
Orientador ARISTEA ALVES AZEVEDO
Outros membros Daniela Pinto de Souza Fernandes, Isaque Marcos Arcelino Resende, João Santana Tomaz
Título Métodos para identificação de espécies acumuladoras de alumínio nativas de Cerrado
Resumo O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil e um hotspot de biodiversidade. É caracterizado por solos antigos, ácidos, pobres em nutrientes e com alta saturação de alumínio (Al). Em solos ácidos, o Al se encontra em sua forma trivalente, Al3+, que é biodisponível e pode ser absorvido pelas raízes das plantas. Para espécies sensíveis e cultiváveis, o metal é fitotóxico e prejudica a absorção de água e nutrientes e, consequentemente, o crescimento e desenvolvimento dessas plantas. Contudo, espécies nativas de Cerrado podem acumular o metal na parte aérea, sem apresentar sintomas de injúrias. Plantas que apresentam concentrações ≥ 1 g.kg-1 de Al na matéria seca, da parte aérea, são classificadas como acumuladoras desse elemento e, no Cerrado, o número de espécies com essa estratégia é expressivo. Pesquisas investigando o acúmulo de Al em plantas têm avançado, entretanto, protocolos para uma precisa identificação de espécies nativas acumuladoras de Al ainda não foram detalhadamente descritos. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo avaliar técnicas para a identificação de Al em espécies nativas de Cerrado. Folhas de três indivíduos de Chiococca alba (L.) Hitchc. e Coccocypselum aureum (Spreng.) Cham. & Schltdl., duas espécies herbáceas da família Rubiaceae, foram coletadas na FLONA de Paraopeba, Minas Gerais. O material coletado foi submetido aos seguintes procedimentos: 1) Quantificação química de Al, realizada no Laboratório de Solos da Universidade Federal de Viçosa (UFV); 2) Determinação da abundância relativa (%) de Al, através de Microscópio Eletrônico de Varredura com sonda de Raio-X acoplada (MEV/EDS), no Núcleo de Microscopia e Microanálise da UFV; 3) Testes histoquímicos para detecção dos sítios de acúmulo de Al, utilizando o reagente Chrome Azurol S em fragmentos de folhas que foram submetidos às técnicas usuais de anatomia vegetal. A quantificação química evidenciou a concentração de 0,19 e 9,12 g/kg de Al na matéria seca, nas folhas de C. alba e C. aureum, respectivamente. Através do MEV/EDS, foi possível observar a abundância relativa de 22,90% de Al em C. alba e 14,86% em C. aureum. O teste histoquímico não encontrou sítios de acúmulo de Al em C. alba, enquanto que em C. aureum, o metal foi detectado nos tricomas, parede celular e núcleos das células epidérmicas, do parênquima paliçádico e lacunoso, do colênquima e do floema e em cloroplastos. Com os resultados, fica evidente a importância da utilização de metodologias diferentes e complementares para detectar a presença de alumínio em plantas nativas de Cerrado. Ainda, pode-se concluir que C. alba, mesmo apresentando uma maior porcentagem de Al em relação a outros nutrientes no MEV/EDS, não é uma espécie de planta acumuladora do metal, evidenciando que diferentes espécies podem apresentar distintas estratégias em uma mesma família.
Palavras-chave solos ácidos, herbáceas, sítios de acúmulo do Al.
Forma de apresentação..... Painel
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