"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19550

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Glauco Luis do Nascimento Martins
Orientador CRISTIANO LOPES ANDRADE
Outros membros Dias Campos de Andrade, Italo Salvatore de Castro Pecci-Maddalena, Juliano Alfenas Silva Valente Paes
Título Uma análise quantitativa de um caráter de dimorfismo sexual em Pselaphacus signatus Guérin-Méneville, 1841 (Insecta: Coleoptera: Erotylidae)
Resumo A ordem Coleoptera é o táxon com o maior número de organismos descritos até o presente, abarcando aproximadamente 420.000 espécies. Das cerca de 200 famílias da ordem, Erotylidae se destaca como uma das 20 mais diversas, com mais de 3.500 espécies descritas, das quais cerca de 500 ocorrem no Brasil. Vale observar que, embora notoriamente diversa, Erotylidae ainda se enquadra como um grupo negligenciado em estudos taxonômicos, pois muitos gêneros da família não dispõe de revisões sistemáticas. Portanto, o número real de espécies é subestimado e a identificação precisa dos indivíduos é dificultada, o que impede a condução de estudos sobre a biologia de muitas espécies. A morfologia constitui uma ferramenta com grande potencial para subsídio em estudos mais amplos de sistemática, auxiliando os taxonomistas na delimitação de espécies. Abordagens quantitativas, tais como a aplicação da morfometria geométrica, podem ser de grande valor na resolução de diversas questões relacionadas à caracterização de táxons e reconhecimento de variações intraespecíficas. No presente trabalho, utilizamos a morfometria geométrica para a expressão quantitativa de uma característica de dimorfismo sexual utilizada por especialistas em Erotylidae: o contorno da margem anterior do clípeo, mais arredondada nas fêmeas e mais angulada nos machos de algumas espécies do gênero Pselaphacus Percheron, 1835. Utilizamos 10 indivíduos de Pselaphacus signatus Guérin-Méneville, 1841, dissecados previamente para determinação do sexo. Os clípeos dos indivíduos sexados foram fotografados em vista dorsal sob estereomicroscópio de alta resolução (Zeiss Discovery V20) com uma câmera digital (Zeiss AxioCam 506) acoplada. Definimos cinco marcos anatômicos na região anterior do clípeo de cada indivíduo, os quais foram digitalizados com os softwares da série TPS. Além disso, uma Análise de Variância Univariada (ANOVA), com nível de significância de 5%, foi aplicada para testar a diferenciação sexual entre os indivíduos. Para evidenciar agrupamento no morfoespaço e sumarizar a variação do formato, foi feita uma Análise de Componentes Principais (ACP). Ambas as análises foram realizadas no software PAST. Quanto ao tamanho, os indivíduos não apresentaram diferenças significativas (p>0,05). Entretanto, quanto à forma, os indivíduos se separaram em dois morfogrupos, sendo o Principal Componente 1 responsável por 60% da variação e o Principal Componente 2 por 21% da variação. Tais resultados demonstram o potencial da morfometria geométrica no reconhecimento de variações intraespecíficas, neste caso, um caráter de dimorfismo sexual. Provavelmente, P. signatus possui outras variações intraespecíficas desconhecidas e interessantes para exploração em estudos futuros. Espera-se que este trabalho atue como um incentivo à aplicação de modelos quantitativos para estudos mais abrangentes de morfologia em besouros Erotylidae.
Palavras-chave Besouros, morfologia, morfometria geométrica
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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