"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19543

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia geral
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor João Victor Leles Faria
Orientador MONICA MORAIS SANTOS
Outros membros Luiz Otávio Guimarães Ervilha, MARIANA MACHADO NEVES, Thainá Iasbik Lima
Título Efeitos da coexposição de arsênio e níquel na próstata de ratos
Resumo O arsênio e o níquel são metais pesados com capacidade de se bioacumular, podendo causar aumento da permeabilidade dos capilares sanguíneos, fragmentação da bainha de mielina, degenerações hepáticas, alergias, doenças cardiovasculares e renais, câncer no trato respiratório e alterações reprodutivas. As principais vias de exposição desses metais são provindas de atividades antrópicas, como processos industriais, mineração e exposição a produtos químicos na água pela lixiviação do solo. A exposição conjunta do arsênio e níquel pode influenciar na interação entre eles, podendo causar relação de adição, sinergismo ou antagonismo. Uma vez que esses metais estão associados à toxicidade reprodutiva, diminuindo a qualidade do sêmen e alterando a histomorfometria testicular e epididimária, a proposta deste trabalho foi analisar os efeitos dessa coexposição na próstata ventral de ratos, órgão anexo ao sistema genital masculino, cuja secreção é fundamental para promover condições favoráveis para a sobrevivência dos espermatozoides, além de também ser alvo direto de doenças benignas e malignas. Foram utilizados 35 ratos Wistar adultos com 70 dias de idade, divididos em 7 grupos experimentais (CEUA), sendo eles: Grupo controle salina; grupo controle arsênio (As) (1mg/L); grupo controle níquel (Ni) (7mg/L); grupo coexposição baixa (GAs-Ni-); grupo de coexposição com baixa dose de As e alta dose de Ni (GAs-Ni+); grupo de coexposição com alta dose de As e baixa dose de Ni (GAs+Ni-) e grupo de coexposição com alta dose de As e Ni (GAs+Ni+). As doses de arsênio foram de 0,01mg/L e 1mg/L da menor para a maior e as doses de níquel foram de 0,07 mg/L e 7 mg/L. Após 70 dias de tratamento, os animais foram eutanasiados e a próstata ventral foi coletada, dissecada, fixada em formalina 10% tamponada e emblocada em resina. Secções de 3um foram obtidas, coradas com hematoxilina-eosina, fotografadas e analisadas em microscópio de luz utilizando grade com 266 intersecções em que foi feita a contagem desses pontos nas regiões teciduais sobre 10 imagens por animal. Foram analisadas a proporção volumétrica do lúmen, estroma e epitélio prostático, com posterior análise estatística. Os resultados obtidos mostraram que o grupo GAs+Ni+ apresentou menor proporção de lúmen, enquanto a proporção de epitélio aumentou. Paralela a redução do lúmen, foi observada rarefação da secreção luminal, assim como áreas de atrofia glandular pontuais, descamação de células epiteliais, além de focos inflamatórios. Não foram verificadas alterações significativas dos parâmetros analisados nos demais grupos de tratamento. Estes dados sugerem que a coexposição desses metais em altas doses foi capaz de alterar a fisiologia da glândula, indicando uma possível redução de sua atividade, o que pode impactar negativamente na fertilidade, dada a importância da secreção prostática.
Palavras-chave metais pesados, fertilidade, água contaminada
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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