"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19489

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Camila Mota de Assis Figueiredo
Orientador JORGE LUIS BADEL PACHECO
Outros membros Adryelle Anchieta Sousa, EDUARDO VINICIUS VIEIRA VAREJAO
Título Inibição do crescimento de Xanthomonas euvesicatoria pv. perforans e Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis por extratos brutos de Pseudomonas mediterranea
Resumo As doenças bacterianas representam um desafio à tomaticultura por apresentar dificuldade de controle curativo usando os produtos químicos atualmente disponíveis no mercado. Dentre essas doenças se destacam a mancha foliar causada por Xanthomonas euvesicatoria pv. perforans (Xep), que é predominante no Brasil, bem como o cancro bacteriano, causado por Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis (Cmm), que causa surtos esporádicos em tomate estaqueado. Até a presente data, não foram registrados pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil produtos de base biológica ou alternativos para o controle das doenças supracitadas. O Laboratório de Fitobacteriologia Molecular da Universidade Federal de Viçosa está investigando o uso potencial no controle da mancha foliar e do cancro do tomateiro de compostos produzidos pela estirpe CFBM-UFV-ADR2 de Pseudomonas mediterranea (Pm), a qual apresentou atividade antagonista in vitro contra Cmm e Xep. O objetivo deste estudo foi determinar se os extratos brutos obtidos a partir de cultivos da estirpe Pm CFBM-UFV-ADR2 possuem atividade antimicrobiana contra Xep e Cmm. Para tanto, o sobrenadante do cultivo de Pm CFBM-UFV-ADR2 em meio Luria-Bertani (LB) foi sujeito a extração sólido-líquido utilizando os solventes Etanol, Acetato de Etila, Diclorometano, Hexano e água. A atividade inibitória do crescimento das estirpes Cmm 269 e Xep 167 foi determinada in vitro, em placas multi-poços, utilizando diluições seriadas 1:2 dos extratos. Incluiu-se como controles poços contendo o meio de cultura e apenas as bactérias sem extratos, apenas o meio de cultura e o meio de cultura com extrato bruto sem a presença das bactérias. Mediu-se o crescimento das bactérias na presença e ausência dos extratos por espectrofotometria (λ = 560 nm) após 24 e 48 h de iniciado o cultivo e calculou-se a porcentagem de inibição de crescimento (PIC) comparando o crescimento das bactérias com e sem os extratos. Também determinou-se a concentração mínima de extrato necessária para inibir o crescimento das estirpes bacterianas (CMI) a partir dos dados de absorbância na presença de diferentes concentrações dos extratos. Três repetições para cada tratamento foram utilizadas no experimento. Observou-se que o extrato bruto obtido com diclorometano causou 95% de inibição do crescimento de Cmm. A CMI desse extrato, após 24 e 48 h de crescimento da estirpe Cmm 269 foi de 7,0 µg/ml e 10,4 µg/ml, respectivamente. Já o extrato em etanol apresentou maior atividade in vitro contra Xep 167, inibindo 100% do seu crescimento e mostrando ação bactericida. A CMI desse extrato, após 24 e 48 h de crescimento da estirpe Xep 167 foi de 5,8 µg/ml e 3,5 µg/ml, respectivamente. Com base nos resultados, é possível concluir que os compostos presentes no extrato em diclorometano e em etanol, têm potencial para o controle alternativo de Cmm e Xep, respectivamente.
Palavras-chave Controle alternativo, Cancro bacteriano, Mancha foliar
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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