"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19476

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Educação Infantil
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor YARA VIANA DOS SANTOS
Orientador FERNANDA MIQUELAO RIBEIRO
Outros membros Laísa Medina Silva, Tiago da Silva Teixeira
Título Educação antirracista: rompendo estereótipos e construindo identidades por meio da representatividade.
Resumo Durante os meses de fevereiro a julho de 2023, os Laboratórios de Desenvolvimento Infantil e de Desenvolvimento Humano da UFV, por meio da Comissão de Práticas Inclusivas, ofereceu aos seus professores uma formação continuada, correlato às relações Étnico-Raciais e Infâncias, promovendo reflexões e práticas na Educação Infantil. Foi abordado em seus módulos aspectos históricos e sociais da população negra no Brasil para criar com os docentes práticas de educação antirracista, visando salientar as contribuições desta formação para uma educação identitária. Este trabalho tem como objetivo evidenciar as relações entre estereótipo e representatividade para inspirar a construção de novos repertórios, numa instituição de educação infantil. Analisando nossa cultura, nos deparamos com a depreciação dos corpos ancestrais negros através dos estereótipos, onde são construídas imagens que permeiam nosso meio de comunicação através de uma fabricação de consenso, o que nos faz (des)qualificar estes corpos, por um processo quase que inconsciente. Através dos livros didáticos encontrados nas escolas e na literatura, nos deparamos com narrativas que são contadas na perspectiva dos colonizadores, trazendo o negro como escravo e não como um sujeito que foi escravizado. Estas narrativas contribuem para o afastamento das crianças e adolescentes de seus ancestrais, e a imagem depreciada causa esta fuga identitária. Por isso se faz necessário que a escola, comunidade e Estado, encontrem novos caminhos, potencializando a educação como meio de transformação social, permitindo que imagens e ideias não sejam circuladas por uma única classe. É importante enxergar a visibilidade e a representatividade, como caminhos necessários. Estas práticas possibilitam que as crianças se conectem com os corpos expostos nas mídias, nos livros, nos espaços acadêmicos e artísticos. Valorizando seu pertencimento cultural e a reconexão de identidade. A formação continuada, ao expor todas estas reflexões, trouxe uma ação política e prática, mostrando que estes fazeres cotidianos podem contribuir para uma educação identitária, representativa e antirracista . Diante as reflexões e discussões levantadas, os docentes construíram narrativas voltadas para mudança na prática em sala, a reorganização de planejamentos, a reestruturação de jogos, brinquedos da instituição e a confecção de cartazes e imagens ilustrativas, contemplando as relações Étnico-Raciais. Além disso, a formação contribuiu para o fortalecimento de uma rede de troca de saberes e de compartilhamento de materiais relacionados ao tema, que perpassa o âmbito acadêmico.
Palavras-chave educação antirracista, relações étnico-raciais, formação continuada.
Forma de apresentação..... Vídeo
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