"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19448

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Danila de Lima Barros
Orientador RAFAEL FERREIRA ALFENAS
Outros membros ACELINO COUTO ALFENAS, Fernando Montezano Fernandes
Título Variabilidade genética e especialização de hospedeiro de isolados de Ceratocystis fimbriata
Resumo Ceratocystis fimbriata é um fungo fitopatogênico que possui capacidade de infectar uma ampla gama de hospedeiros. O fungo coloniza os tecidos xilemáticos e progride via parênquima medular e parênquima radial, causando infecção de natureza sistêmica na planta. Como consequência da colonização de tecidos xilemáticos, observa-se a ocorrência de murcha de ramos e a morte da planta. Entender os fatores que determinam a especificidade e gama de hospedeiros são fundamentais no manejo da doença. Portanto, o objetivo deste estudo é avaliar a especialização e diversidade populacional de onze isolados de C. fimbriata obtidos de diferentes regiões geográficas do Brasil. Os isolados, pertencentes à Coleção de Fungos do Laboratório de Patologia Florestal da Universidade Federal de Viçosa foram cultivados em meio de cultura MEYA e o DNA foi extraído utilizando-se kit WizardGenomic® DNA Purification (Promega Inc). A genotipagem dos isolados fúngicos foi realizada utilizando-se quatorze marcadores microssatélites (SSR), seguido por amplificação do DNA por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). O tamanho do amplicon dos produtos de PCR foi determinado por eletroforese capilar. Para determinação da especialização de hospedeiros, os onze isolados foram inoculados em mudas e/ou estacas de oito hospedeiros distintos (Actinidia deliciosa, Anona escamosa, Ficus carica, Hevea brasiliense, Mangifera indica, Tectona grandis, Theobroma cacao e Eucalyptos sp.). As plantas foram mantidas em casa de vegetação com irrigação diária e avaliadas após 60 dias da inoculação, medindo-se o comprimento da lesão. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com cinco repetições por tratamento. Os dados foram submetidos ao teste de Kruskal-Wallis a 5% de probabilidade e as médias foram comparadas pelo teste SNK. O software RStudio foi utilizado para as análises estatísticas. Ao analisar a rede de haplótipos, observou-se a formação de sete grandes grupos de isolados de A. deliciosa, C. guianensis, F. carica, G. arbórea, H. brasiliense, T. grandis e T. cacao, que se diferenciam entre si por apenas cinco loci. Apenas os isolados de Eucalyptus sp. e M. indica não formaram grupos bem definidos. Foram encontrados dois grandes complexos clonais: leste do Rio de Janeiro e o sudeste com o Mato Grosso do Sul (SE+MS). O Nordeste por sua vez, apresentou populações com maior variabilidade genética. Os isolados fúngicos inoculados nos diferentes hospedeiros apresentaram diferentes perfis de agressividade. Os isolados de T. cacao e C. guianensis foram os únicos que mostram-se especializados por seus hospedeiros. Em relação ao hospedeiro, podemos considerar Ficus carica como hospedeiro universal de C. fimbriata. Embora os resultados de variabilidade genética tenham mostrado que há um agrupamento em relação ao hospedeiro, o mesmo não foi observado nas inoculações cruzadas, mostrando que C. fimbriata ainda é um patógeno generalista.
Palavras-chave Gama de hospedeiros, Patogenicidade, Genotipagem
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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