Outros membros |
Joao Pedro Castro da Rocha, Julia Siqueira de Lima, Juliana Rodrigues Silva, Maria Fernanda Barbosa Santana, Matheus Cotta Gomes Sotte, Patrick Adriano Firmo, Pedro Rocha Garcia, Roberto Ferreira dos Reis |
Resumo |
A impressão em 3D permite o desenvolvimento de peças diversas e personalizadas, pelo emprego dos processos de modelagem e fatiamento que antecedem a materialização do objeto. A partir das variadas cores e materiais de impressão, as peças produzidas são resultado do alinhamento entre a liberdade da criação e a aplicabilidade e adequação ao objetivo final. Na tentativa de democratizar o acesso à fabricação de objetos tridimensionais feitos sob demanda, o Programa de Educação Tutorial em Bioquímica (PET Bioquímica) elaborou o projeto PET 3D, guiado pela oportunidade de modelar e imprimir peças 3D como materiais de apoio em escolas públicas da região. Para isso, o grupo faz uso da Impressora Ender 3 Pro, adquirida com recursos provenientes do edital financiado pela multa aplicada à empresa Samarco, pelos desastres em Mariana e Bento Rodrigues. Nesse sentido, os petianos foram capacitados pelo Núcleo de Especialização em Robótica (NERo UFV) em modelagem na plataforma Onshape, fatiamento no software Ultimaker Cura e em impressão 3D na impressora Ender 3 Pro. De modo geral, o processo de criação é iniciado pela produção de um modelo digital que elucida a estrutura do objeto e suas dimensões iniciais, com base no interesse da fabricação. Em seguida, o arquivo é submetido ao fatiamento, no qual ocorre seu processamento camada a camada, posicionamento na mesa de impressão, ajuste de parâmetros para melhor resolução, possível redimensionamento e também a tradução para a linguagem aceita pela impressora. Dessa forma, após o fatiamento do objeto no Ultimaker, é possível saber a quantidade de material a ser gasto e o tempo de produção da peça. O arquivo gerado é então entregue à impressora, por meio de um cartão de memória, e a reprodução pode ser feita após aquecimento do bico extrusor, responsável pela deposição do plástico PLA na cor escolhida, e também da mesa na qual o objeto estará fixado. Diante da necessidade de materiais que possam ser manuseados por crianças e adolescentes na elucidação de um conteúdo escolar, o PET 3D atua, em uma de suas vertentes, em parcerias com instituições educacionais para confecção de kits de moléculas, estruturas celulares e bases de equipamentos de uso laboratorial, por exemplo. Assim, em interlocução com o Projeto Social Sinhô-Machado Mariana, promovido pelo PET Bioquímica em parceria com o PET Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto, o corpo docente da Escola Municipal Paracatu de Baixo em Mariana, Minas Gerais, recebeu uma impressora 3D e capacitação da modelagem à impressão para idealização e execução dos materiais de auxílio no ensino da grade escolar. Por fim, são indiscutíveis as vantagens da fabricação das peças tridimensionais, que englobam desde a produção de baixo custo à inclusão de alunos com deficiência visual, assim como faz-se relevante o estímulo à abordagem do ensino mais criativo, inclusivo e eficaz. |