"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19417

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Educação física
Setor Departamento de Educação Física
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro MEC
Primeiro autor Bruno Sales Valente
Orientador ANDERSON DA CUNHA BAIA
Outros membros Larissa Vilela Novaes, Murilo Gabriel Fernandes de Paula
Título Jogos e Brincadeiras da Cultura Indígena e Afro-brasileira: desafios e perspectivas
Resumo Este relato trata do ensino dos Jogos e Brincadeiras em turma do Ensino Fundamental II, em uma Escola Estadual em Viçosa/MG, como ação da Residência Pedagógica. Conteúdo previsto no Plano de Curso em Minas Gerais, para a Educação Física, visava abordar o conteúdo vivenciado na Cultura Indígena e Afro-brasileira. Tal proposta foi um desafio para os residentes, em função da falta de profundidade desse conhecimento, assim como na construção de uma proposta de ensino. Nosso propósito aqui é refletir sobre os desafios e perspectivas do trato pedagógico dos Jogos e Brincadeiras relacionados às Culturas Indígena e Afro-brasileira. Seguindo o Plano de Curso, foi possível organizar 4 aulas para Jogos e Brincadeiras das Culturas Indígena e Afro-brasileira. Propomos referente à Cultura Indígena: “Cabo de Guerra”, “Briga de Galo”, “Corrida do Saci” e “Queimada”. Essas atividades estavam inseridas em um planejamento que almejava refletir sobre a Cultura Indígena e sua relação com a sociedade brasileira atual. Quanto à Cultura Afro-brasileira, planejamos: “Capitão do Mato”, “Mamba” e “Pegue a Calda”, as quais estavam inseridas em planejamentos que almejavam refletir sobre os Africanos no Brasil e os debates atuais sobre racismo e preconceitos que se reproduzem na nossa sociedade. A experiência do trato pedagógico do conteúdo proposto possibilita relatar perspectivas e desafios. Como perspectivas, ressaltamos os estudos e encontros para debates que foram necessários no sentido de qualificar nossa formação e intervenção. Por outro lado, os desafios foram enormes – seja na seleção das atividades, na organização do trato pedagógico no sentido de problematizar temas que são caros à sociedade, e a execução das aulas. Em uma das aulas, nos deparamos com o que podemos entender hoje como o maior desafio: com propósito de refletir sobre a reprodução de práticas representativas do período da escravidão, trabalhamos a atividade “Capitão do Mato”, que reproduz o cenário desse momento triste da história, em que como uma “polícia e ladrão”, tinha os personagens substituídos por personagens do processo de escravização. Tal atividade, após contextualização e reflexão sobre período da escravidão no Brasil, foi trabalhada na quadra, causando estranhamento dos alunos da turma, que, no momento, não se pronunciaram, mas em casa, compartilharam com a família. Faltou, para nós, residentes, situarmos mais a atividade reforçando os propósitos do uso da atividade na conscientização contra o racismo, e não seu reforço. Contudo, na aula seguinte, reforçamos o propósito e compartilhamos o sentimento que, por mais que o plano de aula estava bem alinhado, a execução não se deu como esperado. Concluímos que para tratarmos temas como esses, necessitamos de uma preparação que extrapola o conhecimento específico da área, exigindo conhecimento das Culturas em questão, de estratégia metodológica adequada, e, principalmente, inserir o aluno como parte ativa na construção do conhecimento.
Palavras-chave Cultura, Educação, Docência.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,69 segundos.