"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19408

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Solos
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Amanda da Silva Castro
Orientador GENELICIO CRUSOE ROCHA
Outros membros Daniel de Azevedo Silva Mattos, Laura Aparecida Felix de Almeida
Título Deslocamento miscível de manganês em solo tratado com rejeito oriundo do rompimento da barragem fundão, Mariana-MG
Resumo Em 2015, no município de Mariana - MG, ocorreu um dos maiores desastres ambientais do país, em que a barragem de rejeitos de mineração “Fundão” rompeu-se, derramando na natureza um grande volume de rejeito. A lama é composta por alguns elementos químicos, a exemplo do manganês, que podem ser tóxicos ao meio ambiente, dependendo do seu teor e disponibilidade. Assim, esses íons estão susceptíveis a sofrerem lixiviação, principal forma de carreamento desses elementos no meio ambiente, e são potenciais contaminantes do solo e lençol freático. Assim, objetivou-se com este estudo analisar o comportamento, no que refere-se ao transporte e retenção do manganês presente no rejeito, através da obtenção dos fatores de retardamento (R), coeficientes dispersivos-difusivos (D) e curvas de efluente. Desse modo, ensaios foram realizados em laboratório, utilizando-se colunas de percolação, confeccionadas em tubos de PVC, com volume total de 173,0cm³ (24,5cm x 10cm), e com uma das extremidades cobertas com lã de vidro, evitando-se a perda de material. Após, as colunas foram preenchidas com a mistura, com volumes de 70,8 cm³ de rejeito + 70,8 cm³ de Latossolo. Foi aplicado, ainda, uma solução de manganês nas colunas, sendo que o volume da solução foi 3 vezes o volume de poros da coluna, totalizando 1814 mL. Aplicou-se, então, cinco tratamentos distintos, com diferentes concentrações de manganês (0,0; 0,509; 1,018; 1,527; 2,036 g L-1), cujos valores foram definidos de acordo com a quantidade de manganês presente na mistura do rejeito e solo, definidos por meio de análises químicas. Foram coletadas 20 alíquotas de 0,15 vezes os volumes de poros do efluente, sendo acondicionadas em recipientes plásticos com tampa e conservadas em refrigeradores. Posteriormente, as soluções foram analisadas por meio da Espectroscopia de Emissão Atômica (ICP-OES), para quantificação do íon manganês. Com isso, conhecendo-se a concentração de manganês no efluente (C), calculou-se a concentração relativa (C/C0) para o metal, dado que junto aos valores de fluxo, altura de solo na coluna, porosidade total e número de volumes de poros foram as variáveis de entrada do programa computacional DISP e os dados de saída foram os resultados. Assim, o estudo foi realizado em esquema delineamento inteiramente casualizado (DIC), com três repetições (5x3), totalizando 15 parcelas experimentais. Por fim, os dados foram submetidos ao teste de Tukey, ao nível de significância de 5% . Os valores obtidos para R e D, respectivamente, foram: Conc. 0 = 5,84 e 9,14; Conc. 1 = 8,27 e 3,52; Conc. 2 = 7,92 e 2,86; Conc. 3 = 4,14 e 1,96; e Conc. 4 = 2,81 e 1,97. Logo, após a análise estatística dos resultados, concluiu-se que a mistura de rejeito e solo possuem capacidade de adsorver os íons de manganês em diferentes concentrações, demonstrando baixa possibilidade de contaminação dos lençóis freáticos, para as condições do experimento.
Palavras-chave Deslocamento de íons, lençol freático, DISP
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,66 segundos.