"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19402

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Letras
Setor Departamento de Letras
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Carolina Moreira Gomes Palhares Silva
Orientador NATALIA FONTES DE OLIVEIRA
Outros membros Maria Eduarda Gonçalves Ferreira, NATALIA FONTES DE OLIVEIRA
Título Sentimento e magia: a relação humano e não-humano em Who fears death, de Nnedi Okorafor
Resumo Ao longo dos anos, o gênero de distopias e obras produzidas por mulheres eram marginalizados pelo cânone literário. Historicamente, literaturas de autoria feminina são consideradas inferiores, pois mulheres são socialmente vistas como o Outro e menos sujeitos que homens (BEAUVOIR, 2016). Na contemporaneidade o gênero de distopias está cada vez mais popular, principalmente as distopias de autoria feminina. É importante que a crítica literária acompanhe essa mudança redefinindo o cânone. Umas das distopias mais populares é a Who Fears Death (2010), escrita por Nnedi Okorafor, autora estadunidense de ascendência nigeriana, que escreve fantasia, ficção especulativa e ficção científica. Sua novela Binti rendeu os prêmios Hugo e Nebula em 2016. Sua obra, Who Fears Death, se passa em um mundo distópico pós-apocalíptico, ambientado em um cenário pós-colonial na África. Com uma narrativa rica e complexa, o livro aborda temas como identidade, ancestralidade, gênero e poder, explorando questões sociais e políticas de maneira impactante e envolvente. A personagem principal, Onyesonwu, vive sob estigma e violência. Conforme observamos na distopia, associadas à natureza sensível, em contraste à cultura racional relacionada aos homens, mulheres são historicamente desumanizadas e a dominação do homem sobre a mulher acaba sendo legitimada (FONTES, 2021). Nesse contexto, esta pesquisa analisa a relação entre sentimentos, natureza e magia na distopia Who Fears Death, de Nnedi Okorafor. Mais especificamente, buscamos compreender a dicotomia natureza/cultura, discutimos os papéis de gênero e, por fim, relacionamos magia e humanidade. O arcabouço teórico metodológico dessa pesquisa é o ecofeminismo, a crítica literária feminista e os estudos distópicos. Pesquisar um gênero marginalizado pelo cânone literário, como a distopia, com uma obra escrita por uma mulher negra de ascendência nigeriana, é realçar a diversidade cultural e destacar sujeitos não tratados como protagonistas. A pesquisa é relevante na crítica literária para expandir esse cânone e trazer conhecimentos sobre a obra distópica.
Palavras-chave Distopia, autoria feminina, ecofeminismo.
Forma de apresentação..... Vídeo
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