Resumo |
O tema abordado está relacionado com individualidades de autoconhecimento presentes no nome, em relação ao gênero, fora da perspectiva binária, identidade e auto-afirmação no ambiente escolar, focando no papel do professor enquanto mediador das relações em sala de aula. Tem como público alvo professores e alunos da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental I, assim como coordenadores pedagógicos, pais e/ou responsáveis. O presente trabalho surgiu a partir de discussões na disciplina de Ensino de História (EDU 467), do curso de Pedagogia, do DPE (Departamento de Educaçao) da UFV (Universidade Federal de Viçosa). O ensino de história pode ser uma ferramenta emancipadora ou de dominação, portanto é necessário que se entenda que nenhum discurso é neutro. Posto isso, se faz importante à aplicação da lei: Lei nº11.465/08 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. A partir dessa perspectiva a obra é necessária e relevante por contribuir para a divulgação da temática, desconstruir o senso comum sobre os índigenas, além de contribuir na desnaturalização de gênero da heteronormatividade imposta pela sociedade. Objetiva-se potencializar o debate acerca de gênero e identidade, garantir a aplicabilidade da lei nº11.645/08 nas escolas e produzir uma obra literaria sobre inclusão etnica e de gênero, por entender que existe, ainda, pouco material que dialogue sobre, além da concepção de homem e mulher cisgênero, respeito à diversidade de identidades em sala de aula, auxiliar na formação de professores nas abordagens pedagógica para crianças que fogem do padrão cisgênero. O estudo tem abordagem qualitativa, iniciando-se pela análise de leis e leitura de obras, sendo seguida da entrega de um produto, história literária. Após leituras, abordam-se de maneira artística, pedagógica e lúdica as questões identitárias presentes a partir da pergunta: “Qual o seu nome?”. No primeiro momento foi definido enredo, personagens e diálogos, o próximo passo foi à criação da arte, desenho do personagem entre outro elementos. Conduzindo-se ao resultado de um livro literário que explicita a existência de questões de gênero na infância e indica uma abordagem respeitosa e acolhedora por parte dos educadores através do livreto intitulado “Meu nome é…”, no qual questões identitárias são identificadas e trabalhadas de maneira leve e divertida. Conclui-se que a promoção de debates de gêneros e identidades em sala de aula deve ser em uma linguagem acessível para crianças e com possíveis propostas de adaptações lúdicas como a contação de histórias, necessita-se que professores tenham uma conduta respeitosa e acolhedora com alunos que não se sentem confortáveis com o nome de registro e/ou preferem ser tratados de outra forma, a valorização da diversidade e contribuir para o acervo de conteúdos LGBTQIAP+ presentes em sala de aula. |