"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19348

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, FAPEMIG
Primeiro autor Tiago Machado Medeiros
Orientador LUCAS MAGALHAES DE ABREU
Outros membros Iris Carolina Henrique de Lima Leite
Título Uso do micoparasita Clonostachys chloroleuca e de lipopeptídeos de Bacillus velezensis no controle do oídio e da pinta-preta do tomateiro
Resumo Os fungos Alternaria linariae e Pseudoidium neolycopersci são os agentes causais da pinta-preta e do oídio do tomateiro. A principal medida de controle destas doenças é o uso de fungicidas químicos. Estirpes da espécie Bacillus velezensis produzem lipopeptídeos, metabólitos secundários com atividade antimicrobiana a diversos patógenos, incluindo Alternaria. Já isolados de diferentes espécies de Clonostachys têm mostrado eficácia na redução da severidade da pinta-preta da batata e supressão do patógeno em restos culturais. Visto o potencial desses microrganismos antagonistas e de seus produtos metabólicos, este trabalho objetivou avaliar e comparar a eficácia de controle da suspensão de conídios de Clonostachys chloroleuca (UCB07) e do extrato de B. velezensis (B157) contra o patógeno biotrófico P. neolycopersici e o necrotrófico A. linariae no tomateiro. A suspensão de conídios do isolado UCB07, na concentração de 107 conídios/mL, foi obtida a partir do cultivo em substrato sólido. O extrato enriquecido de lipopeptídeos foi obtido por meio do cultivo líquido da estirpe B157, seguido do processamento e extração dos metabólitos secundários com solventes. Para o ensaio com a pinta-preta foram utilizadas 15 mudas de Micro-tom em plena floração por tratamento (água, suspensão de UCB07, extrato de B157 na concentração de 1mg/mL e o fungicida Clorotalonil), as quais receberam duas aplicações preventivas e uma terceira 10 dias após. A inoculação de A. linariae (1x104 conídios/mL) foi realizada dois dias após a segunda aplicação dos tratamentos. A avaliação da severidade da doença foi realizada por meio de escala diagramática com intervalo de 2 dias. O experimento com oídio foi montado nas mesmas condições do ensaio anterior, mas com 20 repetições e utilizando o fungicida a base de enxofre. Neste ensaio foram realizadas duas aplicações preventivas e duas aplicações após a inoculação natural, feita com a exposição das plantas a plantas de Micro-tom com sinais típicos de oídio. As avaliações da severidade ocorreram por meio de fotos tiradas de três folhas por planta, em intervalos de 4 dias e processadas no software Assess®. A eficácia de controle no ensaio da pinta-preta com a suspensão de conídios de UCB07 e do extrato de B157 foram acima de 90%, assim como o fungicida testado. Resultado semelhante foi obtido no experimento com oídio, no qual ambos os tratamentos mostraram eficácia acima de 95%. Isso nos mostra a possibilidade de redução do uso de fungicidas químicos na cultura do tomate, tornando a cadeia produtiva cada vez mais segura e sustentável.
Palavras-chave Biocontrole, metabólitos secundários, Solanum lycopersicum
Forma de apresentação..... Painel
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