"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19314

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Letras
Setor Departamento de Letras
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Julia Oliveira dos Santos Barbosa
Orientador NATALIA FONTES DE OLIVEIRA
Título Presente inquieto, futuro distópico: Personagens femininas e natureza em Maddaddam de Margaret Atwood
Resumo A literatura é um objeto de estudo crucial para compreender os aspectos culturais, históricos, sociais e ambientais da sociedade. O gênero distopia, principalmente as obras de autoria feminina, explora futuros catastróficos, ilustrando os efeitos negativos da degradação ambiental, diversas formas de violência, capitalismo desenfreado e cultura patriarcal exacerbada. Margaret Atwood, renomada autora canadense, é uma referência nesse gênero, sendo mundialmente conhecida por sua obra The Handmaid's Tale (1985). Na atualidade, as distopias de autoria feminina estão mais populares do que nunca e várias obras estão sendo produzidas para TV. Apesar dessa popularidade, o cânone literário muitas vezes negligencia as obras escritas por mulheres. Nesse sentido, este trabalho busca ressaltar a importância das distopias de autoria feminina, ao escolher a obra The Maddaddam (2013), de Margaret Atwood para analisar como as mulheres estão constantemente ligadas à natureza e como essa relação está ligada à exploração e opressão. Nessa obra, a sociedade vive em um cenário pós-apocalíptico, com recursos naturais esgotados, exploração ambiental exacerbada e manipulação genética alterando drasticamente a fauna e a flora. A personagem principal, Toby, enfrenta desafios junto com um grupo de sobreviventes, enquanto a narrativa também é conduzida pelo personagem Zeb, que relata histórias do passado, incluindo seu irmão Adão. Apesar da dicotomia nos focos narrativos, a natureza desempenha um papel fundamental na vida de ambos os personagens, garantindo sua sobrevivência e estabelecendo uma conexão profunda com as personagens femininas, que são retratadas como cuidadoras e preservadoras da natureza. Chegaremos a essa proposta, explorando a construção de gênero, a desconstrução de estereótipos e a presença da natureza na narrativa, observando também a autonomia feminina e a luta das personagens pela formação de suas identidades. Atwood aborda a opressão patriarcal do ponto de vista feminino, despertando o interesse da crítica literária feminista, questionando a persistência da opressão feminina e da exploração da natureza mesmo em um contexto pós-apocalíptico. Como metodologia, busca-se esboço teórico nas reflexões e contribuições da literatura distópica, juntamente à crítica literária feminista, o ecofeminismo e os estudos de gênero. Além disso, a pesquisa propõe reflexões e contribuições teóricas sobre a presença das mulheres no cânone literário, a fim de promover a diversidade na literatura ao analisar o contexto social, histórico, cultural e ambiental em que as mulheres escrevem suas obras.
Palavras-chave Distopia, Ecofeminismo, Não-humano
Forma de apresentação..... Vídeo
Link para apresentação Vídeo
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