Resumo |
O processo de fabricação por usinagem, seja qual for o princípio empregado, tem como finalidade atribuir formato, dimensões e acabamento superficial à peça (perfil acabado). O processo de usinagem é empregado para produzir peças através do corte e arrancamento de pedaços da matéria prima (perfil bruto). O perfil bruto, que pode ser constituído de diversos materiais - inclusive em aço carbono e ligas -, é geralmente encontrado em formatos diversos como fundidos, tarugos redondos, tubos, quadrados ou chapas. Durante o processo torneamento há a interação entre a ferramenta de corte e a peça em alta velocidade, o que, sob certas circunstâncias, pode propiciar o surgimento do fenômeno de vibração ou trepidação (chattering). A ocorrência desse fenômeno prejudica o acabamento superficial da peça e reduz a vida útil da ferramenta, podendo, inclusive, causar a quebra da mesma. Além de colocar em risco a operação pode envolver o operador da máquina em um acidente grave. Dessa forma, além de garantir a segurança de todo o processo de torneamento, alcançar um acabamento dentro dos padrões de qualidade exigidos é um desafio. Entender como determinada configuração da máquina e os parâmetros de corte, associados à geometria da peça a tornear, influenciam e desestabilizam o processo, favorecer o surgimento do fenômeno de vibração, é de suma importância. Com vistas a encontrar um meio de resolver esse problema, este trabalho tem como objetivo estudar as condições que propiciam a geração de vibrações - a saber: comprimento da peça a usinar e parâmetros de corte - durante o processo de usinagem por torneamento convencional, particularmente em peças longas. Haja vista, as trepidações, ou vibrações, presentes durante este tipo de usinagem são mais frequentes e com efeitos mais perigosos e ainda não há uma solução definitiva para resolver esse problema. Assim, pretende-se observar os efeitos da alteração das condições de corte (mais especificamente: o avanço, a profundidade de corte e a velocidade de corte) e correlacioná-los à relação diâmetro e comprimento da peça e às alterações nos sinais de vibrações. De posse dessa caracterização do processo pode-se, então, oferecer uma solução às vibrações excessivas, cuja tarefa é alvo da próxima etapa deste trabalho, no qual pretende-se instalar, por exemplo, um neutralizado dinâmico de vibração do tipo ativo ou semiativo. |