"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19288

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - Campus Florestal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Isabela Rezende Tonhi
Orientador EDUARDO GUSMAO PEREIRA
Outros membros Moisés Alves de Souza, Paulo Antônio Pimentel
Título Estratégias Fisiológicas de Tolerância ao Estresse Hídrico em Velloziaceae do Campo Rupestre Ferruginoso Cultivadas em Estéril de Mineração
Resumo Os campos rupestres ferruginosos (Cangas) apresentam grande biodiversidade vegetal, além de um alto grau de endemismo. Devido à composição do solo dessas áreas, é onde ocorre a extração do minério de ferro, sendo fortemente impactadas pela atividade de mineração, gerando a formação de pilhas de disposição de estéril (PDE). O estéril gerado na mineração apresenta características físico-químicas que dificultam a reintegração dessas pilhas ao ecossistema de forma sustentável e funcional. Além disso, as pilhas de estéril apresentam baixa disponibilidade hídrica, o que torna sua recuperação ainda mais difícil. Por isso, durante a escolha de espécies para a recuperação das áreas degradadas pela mineração, além de selecionar aquelas adaptadas aos baixos níveis nutricionais e excesso de metais, é importante selecionar também espécies tolerantes à dessecação. Muitas espécies de Velloziaceae se destacam por estratégias morfofisiológicas que às permitem tolerar estas condições adversas. Assim, o objetivo foi avaliar a tolerância à dessecação das espécies nativas da Canga, Vellozia caruncularis e Vellozia compacta, quando cultivadas em estéril de mineração de ferro. Para isso, foi conduzido um experimento em casa de vegetação na Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal (UFV-CAF) onde os indivíduos foram cultivados em solo de canga coletado na Serra da Calçada (Brumadinho-MG) ou em substrato de pilha de estéril e submetidos a duas condições sendo uma com irrigação e outra com suspensão da irrigação (estresse hídrico). As trocas gasosas foram monitoradas até que a fotossíntese das plantas sob estresse chegasse a zero e então foi realizada a reidratação, para análise da capacidade de recuperação após o estresse. Durante o período de máximo estresse e reidratação foram analisados o teor relativo de água na folha e extravasamento de eletrólitos. Ao final do experimento, foram relizadas análises morfológicas. Para as duas espécies, o nível máximo de estresse hídrico foi atingido 25 dias após a suspensão da irrigação e a reidratação foi acompanhada por mais 14 dias. A espécie V. caruncularis apresentou melhor desempenho após a reidratação em comparação a V. caruncularis. As plantas cultivadas em canga obtiveram melhores resultados nas análises durante todo o experimento comparado à PDE. Além disso, o impacto do estresse hídrico foi mais severo nas plantas sob PDE. Após a reidratação as plantas cultivadas em substrato de PDE voltaram aos parâmetros próximos aos encontrados inicialmente, o que mostra que as espécies não tiveram sua tolerância à dessecação afetada. Assim, V. compacta e V. caruncularis são espécies nativas de Canga, que demonstraram ser capazes de tolerar a baixa disponibilidade de nutrientes e a dessecação, mesmo quando cultivadas em substrato de PDE, sendo boas candidatas à recuperação de áreas degradadas pela mineração.
Palavras-chave tolerância a dessecação, Velloziaceae, pilha de estéril
Forma de apresentação..... Vídeo
Link para apresentação Vídeo
Gerado em 0,67 segundos.