"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19285

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Gabriel Henrique Catenacci Barbosa
Orientador PRISCILA SOARES FERREIRA
Outros membros Bruno Marinho Guimarães
Título Influência da Acepromazina nos parâmetros fisiológicos e sedativos de cães.
Resumo A acepromazina é uma fenotiazina amplamente utilizada como medicação pré-anestésica em cães, promovendo sedação de discreta a moderada. Não possui efeito analgésico, podendo causar hipotensão em cães conscientes e sadios. O objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações nos parâmetros fisiológicos e grau de sedação promovidos pela acepromazina em cães. Foram utilizadas 32 cadelas hígidas, de 2,8 ± 1,6 anos, aclimatadas por 30 minutos (min). Após esse período, foi avaliado o grau de sedação segundo a escala adaptada de Kuusela et al. (2000). Os valores fisiológicos também foram avaliados, com o registro dos valores basais através da frequência cardíaca (FC), respiratória (FR), pressão arterial sistólica (PAS) e temperatura retal (TR). Após avaliação basal, realizou-se a administração de acepromazina (ACP) 0,02mg/kg pela via intramuscular (IM). Vinte minutos após a administração da medicação pré-anestésica, os animais foram reavaliados quanto aos parâmetros fisiológicos e grau de sedação. A avaliação na escala de sedação mostrou um grau discreto após a ACP (5/15). Ressalta-se que a sedação é uma variável subjetiva, podendo ser influenciada pela escala empregada, o observador e se o estudo é cego ou não. A metodologia do estudo pode ter influenciado para um viés. A administração IM da ACP resultou em uma redução de 17% da PAS, entretanto sem hipotensão. Resultado similar ao encontrado em outros estudos em diferentes doses de ACP em cães. A principal alteração cardiovascular após a administração de ACP é a redução da PA devido ao bloqueio dos receptores a1-adrenérgicos, resultando em vasodilatação. Entretanto, estudos propõem que a redução da PA promovida pela ACP estaria relacionada à redução do índice cardíaco, e não à redução da resistência vascular periférica. A queda da PA pode ser acompanhada ou não de aumento da FC, supostamente por uma resposta compensatória, entretanto nesse estudo foi encontrada redução da FC. Os autores acreditam que o tempo de ambientação dos animais (30 min) pode ter sido insuficiente para a redução do estresse no momento de aferição dos parâmetros basais, prevalecendo assim, uma queda na FC após a administração da ACP. Os valores médios basais de FR registrados foram superiores aos fisiológicos no cão, sendo eles influenciados pelos cães ofegantes (28%). Todos os cães foram aclimatados antes das medições basais, entretanto como a FR e a FC reduziram após 20 min da aplicação da ACP, o tempo pode não ter sido suficiente. No presente estudo houve redução significativa na TR dos cães avaliados. Como já discutido, a vasodilatação proposta pelo mecanismo de bloqueio dos receptores α1 adrenérgico pela ACP, não está elucidado. Estudos de hemodinâmica refutam este mecanismo. Assim, a influência da ACP na TR parece estar mais associada à alteração na termorregulação do animal e na temperatura do ambiente. Concluiu-se que a acepromazina promoveu discreta sedação, com redução da pressão arterial nos cães sadios avaliados.
Palavras-chave fenotiazina, efeitos adversos, hipotensão
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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