"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19282

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Thiago Svacina
Orientador EUGENIO EDUARDO DE OLIVEIRA
Outros membros ELSON SANTIAGO DE ALVARENGA, Lara Teixeira Melo Costa, Lorenzo Barcaro Ferrazza, Sabriny Francisca Gomes
Título Toxicidade de novos inseticidas bioracionais para o controle de Euschistus heros e seletividade para polinizadores Neotropicais
Resumo Frente aos desafios impostos pela agricultura sustentável, a busca por novas moléculas com potencial inseticida e maior seletividade tem se tornado cada vez mais frequente. Estas ações têm por finalidade o controle dos insetos-praga e a minimização dos impactos indesejáveis nos organismos não-alvos. O presente estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a toxicidade de novas ferramentas inseticidas (i.e., derivados do ácido mucoclórico) para o controle biorracional do percevejo marrom da soja, Euschistus heros. Nós também procedemos as análises de seletividade destes produtos em relação a duas espécies de abelhas polinizadoras, Apis mellifera e Partamona helleri. Primeiramente, nós conduzimos bioensaios de concentração-mortalidade para determinar as concentrações letais (CLs) dessas substâncias em relação ao percevejo marrom da soja. Para obter as diferentes concentrações, partiu-se de diluições da solução a 3000 ppm em acetona. Em seguida, alíquotas de 1 mL da solução foram distribuídas uniformemente nas laterais e no fundo de frascos (250 mL). Após a secagem dos recipientes, 10 insetos foram adicionados a cada um e os frascos foram tampados com organza. Nós usamos 10 repetições para cada inseticida testado. Nos estudos de seletividade, forrageiras das duas espécies de abelha foram expostas às dietas contaminadas com inseticidas nas concentrações letais responsáveis pela mortalidade média de 80% (CL80) da população de percevejo. As dietas de sacarose (50% m/v) contaminadas foram oferecidas em eppendorfs de 2 mL durante um período de 5 h, seguido pela substituição da dieta por uma solução açucarada limpa até a marca de 24 h. Ao final do período, a mortalidade e o consumo foram analisados, e as abelhas do controle foram expostas a dieta limpa durante todo o tempo. Para E. heros, quatro derivados do ácido mucoclórico demonstraram grande potencial inseticida, apresentando CL80 de 0,020 (0,013-0,040) mg/mL para DE00, CL80 de 0,748 (0,527-1,267) mg/mL para DE03, CL80 de 0,089 (0,034-0,388) mg/mL para DE10 e CL80 de 0,069 (0,037-0,162) mg/mL para DE12. Os dados de seletividade revelaram que, embora a DE12 cause uma mortalidade média entre 31,4 ± 17,2% em forrageiras de A. melifera, as biomoléculas apresentaram níveis de mortalidade mais baixos na espécie de abelha sem ferrão, sendo P. helleri mais tolerante do que A. mellifera, e ambas mais tolerantes do que em E. heros. Além disso, foi observado que as abelhas da espécie A. mellifera aumentaram o consumo alimentar durante a exposição à molécula DE10, enquanto as abelhas da espécie P. helleri diminuíram o seu consumo em relação a mesma molécula. Esses achados indicam a viabilidade e a segurança para polinizadores desses novos derivados do ácido mucoclórico para o controle biorracional de E. heros.
Palavras-chave Controle biorracional, Percevejo marrom da soja, Abelhas polinizadoras
Forma de apresentação..... Vídeo
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