"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19200

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Nicole Marina Almeida Maia
Orientador ERICA NASCIF RUFINO VIEIRA
Outros membros Irene Andressa, Maria José do Amaral e Paiva, Monique Lara de Paula Armond, Thais da Silva Araujo
Título Tamarindo e seriguela: frutos tradicionais como ingredientes funcionais e nutritivos adicionados em iogurte
Resumo As árvores de Tamarindus indica e Spondias purpurea são comumente encontradas no Brasil, tendo seus frutos consumidos pela população geral e em especial pelas populações tradicionais do Norte de Minas Gerais. Tamarindo e seriguela podem ser consumidas in natura ou em diversas receitas culinárias como geleias, conservas e iogurtes. Além disso, essas frutas dispõem de diversos compostos bioativos que conferem ação antioxidante contra radicais livres produzidos pelo metabolismo do corpo humano. Sendo assim, o objetivo deste resumo foi relatar a utilização de tamarindo e seriguela por comunidades tradicionais e realizar quantificação de compostos fenólicos e atividade antioxidante em formulações de iogurte desenvolvidas com adição das polpas dessas frutas. Dados sobre consumo de tamarindo e seriguela foi feita no Catálogo de Registro Etnobotânica das Plantas Alimentares de Quatro Comunidades Tradicionais do Norte de Minas Gerais da Universidade Federal de Viçosa. Conduziu-se então o preparo dos iogurtes com adição de 10% (m/m) de polpa de tamarindo e seriguela pasteurizadas no iogurte, após o processo fermentativo, totalizando três amostras: iogurte com polpa de tamarindo, com polpa de seriguela e sem adição de polpa (controle). Realizou-se análises de compostos fenólicos totais, utilizando curva padrão de ácido gálico, e atividade antioxidante (métodos DPPH e ABTS) das polpas de tamarindo, seriguela e controle. Os ensaios foram realizados em triplicata e os resultados foram submetidos ao teste de Tukey (p<0,05). As comunidades do Norte de Minas Quilombola de Malhada Grande e a Caatingueira de Touro consomem tamarindo e seriguela de forma in natura ou processadas em sucos. Já a comunidade Vazanteira de Pau Preto, além do consumo da fruta , utiliza as folhas de tamarindo no preparo de chás e as folhas de seriguela no preparo de “chá para a pressão”. A composição de fenólicos totais do iogurte com polpa de seriguela e tamarindo foi de 9,1±0,2 e 8,9±0,3 mgEAG/100g, respectivamente, e o iogurte controle não apresentou composição fenólica. A capacidade antioxidante do iogurte de tamarindo foi a maior entre as amostras e com valores de 2,34±0,02 mg ET/100g (DPPH) e 1,60±0,02 mg ET/100g (ABTS). A formulação com polpa de seriguela exibiu valores de 1,94±0,02 (DPPH) e 0,98±0,01 (ABTS) mg ET/100g e o iogurte controle apresentou apenas 0,43±0,01(DPPH) e 0,60±0,01 (ABTS) mg ET/100g. Tamarindo e seriguela são alimentos da mesa de comunidades tradicionais, o seu uso culinário e medicinal necessita ser preservado e respeitado e a comercialização sustentável desses frutos por essas comunidades deve ser estimulada. A utilização da formulação de iogurte com essas frutas pode ser empregada dentro do contexto do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) desde a aquisição das frutas por agricultores familiares até a agregação de valor nutricional de alimentos, como o iogurte, oferecidos aos escolares.
Palavras-chave Biodiversidade, Políticas públicas, Nutrição
Forma de apresentação..... Vídeo
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