"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19172

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor JULIA GALVAO LAHR DE MOURA
Orientador BARBARA PEREIRA DA SILVA
Outros membros Carlos Wanderlei Piler de Carvalho, HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO, Jaqueline Maciel Vieira Theodoro, Mariana Grancieri
Título EFEITO DA FARINHA DE MILHETO GERMINADO E CONVENCIONAL (Pennisetum glaucum (L.) R. BR.) NA BIODISPONIBILIDADE DE FERRO EM RATOS WISTAR
Resumo O milheto é composto por proteínas, fibra alimentar, compostos bioativos e minerais, como o ferro. Contudo, a presença de fitatos e polifenóis nessa matriz alimentar pode interferir na biodisponibilidade de minerais. A utilização de processamentos, como a germinação, pode melhorar a biodisponibilidade de nutrientes e agregar efeito funcional ao alimento. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do consumo de farinhas de milheto (Pennisetum glaucum (L.) R. Br.) convencional e germinada na biodisponibilidade de ferro em ratos Wistar. Inicialmente, foi realizada a caracterização (ácido fítico, compostos fenólicos e minerais) das farinhas de milheto convencional e germinado. Para avaliar a biodisponibilidade de ferro, foi utilizado o método de depleção/repleção de hemoglobina. A fase de depleção teve duração de 21 dias e os animais receberam dieta padrão (DP) modificada isenta de ferro, para a indução de anemia ferropriva. Para isso, os animais foram divididos em 3 grupos experimentais. O grupo controle recebeu DP + sulfato ferroso (n=8) e os grupos testes receberam DP + farinha de milheto convencional (FMC) (n=8) ou DP + farinha de milheto germinado FMG (n=8). Após isso, na fase de repleção, foram utilizados como fonte de ferro o sulfato ferroso e as farinhas de milheto convencional e germinada por 28 dias. Nessas duas fases, os animais foram monitorados quanto ao ganho de peso e consumo alimentar. No 50º dia, após jejum de 12 horas, os animais foram eutanasiados e o sangue foi coletado para análise da concentração de hemoglobina, ferritina e transferrina. Os resultados foram submetidos aos testes de normalidade de Shapiro-Wilk e Kolmogorov-Smirnov. Para análise dos compostos presentes nas farinhas de milheto aplicou-se o teste t de student e para o ensaio biológico, aplicou-se análise de variância one-way ANOVA, seguida pelo teste post-hoc de Newman-Keuls para as variáveis paramétricas e Kruskal-Wallis seguido de post-hoc de Dunn’s para as variáveis não-paramétricas, utilizando o software GraphPad Prism, versão 9.0., a 5% de significância. Na avaliação da concentração de ácido fítico e de compostos fenólicos totais, foi observada menor concentração de ácido fítico na farinha germinada se comparada a farinha convencional (p<0,05) enquanto que o conteúdo de compostos fenólicos totais não diferiram entre as farinhas (p>0,05). Na determinação da composição mineral, não foram observadas diferenças entre FMC e FMG para as concentrações de cálcio, magnésio, cobre, ferro, zinco e manganês (p>0,05), porém o conteúdo de fósforo e o potássio foi maior na FMC (p<0,05). O consumo alimentar, o ganho de peso e as concentrações de hemoglobina, ferritina e transferrina não diferiram entre os três grupos (p>0,05). Dessa forma, embora o processo de germinação seja capaz de reduzir o conteúdo de ácido fítico, não foi observado, in vivo, diferença entre o consumo de farinhas de milheto convencional e germinado na biodisponibilidade de ferro.
Palavras-chave metabolismo de ferro, ferritina, germinação.
Forma de apresentação..... Vídeo
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