"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19171

ISSN 2237-9045
Instituição Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Nível Ensino médio
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Educação
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Andrea Gabriela do Prado Amorim
Orientador Sidney Pires Martins
Outros membros Éber José dos Santos
Título Itinerários Formativos no Novo Ensino Médio: experiências educativas ou educação como produto?
Resumo Esta investigação tem como objetivo compartilhar uma experiência realizada numa escola privada, no município de São Paulo, durante o primeiro e o segundo semestres de 2022. A instituição conta com aproximadamente 650 alunos dos quais 100 estavam cursando o ensino médio à época. Desde 2022, as instituições de ensino, em todo país, tiveram de implementar o Novo Ensino Médio e os Itinerários Formativos surgiram como a principal mudança nesse novo “formato”. Por serem caracterizados como experiências educativas em que os alunos podem escolher, de acordo com seus interesses, o que desejam cursar, a fim de aprofundar e ampliar suas aprendizagens em uma ou mais áreas do conhecimento, além de poderem abranger a formação técnica e profissional, ao longo do ensino médio, os alunos cumpriram uma carga total mínima de 1.200 horas. Os objetivos dos Itinerários Formativos são: aprofundar as aprendizagens, propiciar autonomia necessária para realização dos projetos de vida, promover a incorporação de valores universais e desenvolver habilidades que permitam aos alunos ter uma visão de mundo ampla e heterogênea, tomar decisões e agir nas mais diversas situações, seja na escola, no trabalho e/ou na vida. Embora essas experiências educativas devam permitir que os alunos sejam capazes de produzir conhecimentos, criar, intervir na realidade e empreender em seus projetos presentes e futuros, no chão da escola, não é bem essa a realidade encontrada, inclusive em escolas particulares. O que se tem, muitas vezes, são universidades particulares oferecendo cursos “pré-fabricados” nos quais os professores são “escolhidos” a partir de um perfil interdisciplinar e marcado por um bom relacionamento entre os alunos. Nesses cursos prontos, de acordo com nossa experiência, o professor é tido como um mentor, pois não tem liberdade para escolher os conteúdos a serem trabalhados, mas, sim, adaptar a metodologia e o volume de tarefas a serem feitas de acordo com suas turmas. O mercado da Educação está, cada vez mais, dando lucro para os grandes grupos empresariais que oferecem soluções terceirizadas ao grande público do ensino médio. Vivemos um momento marcado pelo processo que garante a estes grupos ampliar o controle político e ideológico da escola, além da manutenção da exclusão e da subordinação. Assim, por meio do compartilhar desta vivência, pretendemos resgatar o papel de formador que cabe ao professor, e, sobretudo o quanto é primordial que os momentos de formação do formador sejam sistematizados e oferecidos aos professores para que, juntos, possam (res)significar sua atuação em sala de aula e não contribuam para a perpetuação desse processo mercantil e ideológico. Nosso estudo se vale da pesquisa qualitativa realizada por meio da análise de conteúdo a partir dos registros da professora mentora, nos quatro cursos oferecidos em 2022.
Palavras-chave Novo Ensino Médio, Formação de professores, Educação como produto.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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