"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19158

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciência e tecnologia de alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Alice Aparecida da Silva Lima
Orientador ANA CLARISSA DOS SANTOS PIRES
Outros membros Gláucia Valéria Fonseca Leonel
Título Proteínas vegetais alternativas: caracterização e propriedades tecnofuncionais
Resumo A crescente demanda por produtos alimentícios de origem vegetal tem impulsionado a utilização de proteínas vegetais alternativas na indústria alimentícia. Nesse contexto, caracterizar as propriedades tecnofuncionais de proteínas vegetais de fontes não convencionais é fundamental para sua aplicação em matrizes alimentícias. Este estudo teve como objetivo caracterizar as propriedades espumantes e a hidrofobicidade superficial do concentrado proteico das folhas de Moringa oleifera (CPMO) e dos concentrados proteicos de arroz (CPA), ervilha (CPE), soja (CPS), além de compará-los com o concentrado proteico de soro de leite (CPSL). Para análise das propriedades espumantes, as amostras foram preparadas com soluções contendo 20 mg/mL de cada concentrado proteico (contendo, aproximadamente 30%, m/m de proteína), homogeneizadas em alta velocidade durante 2 min a 10.000 rpm para incorporação de bolhas de ar aos sistemas proteicos. A capacidade de formação de espuma e sua estabilidade foram registradas medindo-se o volume inicial (imediatamente após a incorporação de ar) e o volume após 30 min. A análise de hidrofobicidade superficial foi realizada dissolvendo-se 10 mg/mL do extrato e dos concentrados proteicos em uma solução tampão PBS, seguida da adição de uma solução de 1-anilino-8-naftaleno-sulfonato (ANS) e da medição da intensidade de fluorescência. Os resultados mostraram que o CPMO apresentou a maior capacidade de formação de espuma (125%), seguido por CPSL (100%), CPS (75%), CPE (50%) e CPA (20%). No entanto, a estabilidade da espuma formada pelo CPMO foi menor em comparação com CPA, CPS, CPE e CPSL (66,7%, 91,7%, 91,4% e 80,0%, respectivamente). A análise de hidrofobicidade superficial revelou que o CPA apresentou o maior valor (934,07), indicando uma maior presença de grupos hidrofóbicos na superfície da molécula de proteína. CPSL, CPS e CPE obtiveram valores de hidrofobicidade superficial de 766,91; 617,58 e 123,57, respectivamente, enquanto CPMO apresentou um valor menor para a hidrofobicidade superficial (30,22), sugerindo uma estrutura complexa que oculta suas regiões hidrofóbicas. Esses resultados são consistentes com a maior capacidade de formação de espuma observada para CPMO, indicando que baixos valores de hidrofobicidade superficial promovem uma rápida adsorção da proteína na interface ar-água e, consequentemente, um aumento na capacidade de formação de espuma. Além disso, a análise de hidrofobicidade superficial revelou que os concentrados proteicos de Moringa oleifera e ervilha, apresentam uma maior proporção de aminoácidos hidrofílicos na superfície. Em conclusão, essas propriedades destacam o potencial do CPMO como uma fonte alternativa para formação de espumas alimentícias, que pode ser utilizada em conjunto com outras proteínas vegetais em substituição às proteínas animais. Especial agradecimento à CAPES, ao CNPq e FAPEMIG, que colaboraram financeiramente com o projeto e pela concessão da bolsa de Iniciação Científica.
Palavras-chave Moringa oleifera L., propriedades tecnofuncionais, formação de espuma
Forma de apresentação..... Painel
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