"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19107

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Bruno Amin Caetano
Orientador RAUL NARCISO CARVALHO GUEDES
Outros membros Diego dos Santos Souza
Título Explorando o Potencial do Espinosade: Um Bioinseticida Eficaz e com Impactos Comportamentais no Controle do Gorgulho do Milho Sitophilus zeamais
Resumo Embora pouco considerada, a exposição subletal a inseticidas pode levar a respostas indesejáveis, neutras ou mesmo benéficas que podem afetar (ou não) o comportamento e a aptidão dos insetos expostos. Curiosamente, pouco se sabe sobre tais efeitos em pragas de insetos de produtos armazenados e menos ainda está disponível sobre o bioinseticida espinosade. Assim, esses efeitos foram avaliados na aplicação deste inseticida em uma população de Sitophilus zeamais (Coleoptera) de Sete Lagoas (MG). Neste trabalho utilizou-se dois inseticidas: o espinosade, um bioinseticida que desregula receptores nicotínicos de acetilcolina, e deltametrina (controle positivo), um piretróide que modula o canal de sódio do axônio dos neurônios. Como controle negativo foi utilizado água destilada. Eles foram utilizados em suas respectivas formulações comerciais para proteção de produtos armazenado e nas dosagens recomendadas na bula, foram diluídos em água destilada nas concentrações de 0,25 e 0,50 mg ia/L para deltametrina e espinosade respectivamente. Foram realizadas avaliações no comportamento de caminhada, preferência por alimentação, acasalamento, sobrevivência, produção de progênie e perdas de massa de grãos. Algumas diferenças foram detectadas entre os tratamentos. O tempo médio de sobrevivência dos gorgulhos foi de 3,5 h após a exposição à deltametrina, enquanto que para espinosade foi de 76,5 h. O controle negativo com a água, apresentou resultados de mortalidades insignificantes até 15 dias de avaliação. Quanto ao comportamento de caminhada, também houve diferença significativa entre os tratamentos (p < 0.001), com os gorgulhos adultos expostos ao espinosade apresentando uma atividade significativamente menor do que os que foram expostos à deltametrina. A preferência de alimentação também diferiu entre os inseticidas (p < 0.0004). Os insetos não apresentaram preferência alimentar quando lhes foi oferecido grãos de milho contaminados e não contaminados com espinosade, no entanto evitaram grãos contaminados com deltametrina. A busca feminina por parceiro adequado foi significativamente afetada pela exposição aos inseticidas (p < 0.001). As fêmeas não expostas foram capazes de encontrar seus parceiros mais rapidamente, enquanto o espinosade e particularmente a deltametrina prolongaram significativamente esse tempo de busca. No entanto, essas diferenças não afetaram significativamente a progênie total produzida por cada fêmea (p = 0.70). Mas houve maior consumo de grãos pelos gorgulhos exposto à deltametrina do que aqueles não expostos ou expostos a espinosade (p < 0.001). Portanto, embora o espinosade não leve tão rapidamente à mortalidade de adultos, também é um inseticida muito eficaz contra o gorgulho do milho e sem risco aparente de minimizar a exposição ou causar hormese, pelo menos nas condições de dose testadas em nosso estudo. Sendo assim, é uma alternativa atraente para o manejo do gorgulho, não por sua origem natural, mas por sua atividade inseticida.
Palavras-chave bioinseticida, hormese, exposição subletal
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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