Resumo |
A produção da agricultura no Brasil enfrenta inúmeros fatores limitantes, incluindo o ataque dos nematoides das galhas (Meloidogyne spp.). Esses patógenos parasitam as raízes das plantas e causam sintomas como deformação, deficiência nutricional, nanismo e depauperamento. No campo, o manejo desse patógeno é complexo e depende da identificação das espécies em áreas infestadas. A identificação de espécies de Meloidogyne pode ser feita pela análise perineal de fêmeas, eletroforese de isoenzimas e reação em cadeia da polimerase. Porém, esses métodos apresentam algumas desvantagens, incluindo a similaridade dos padrões morfológicos entre as espécies e o alto custo das análises bioquímicas e moleculares. Considerando que Meloidogyne paranaensis e M. incognita são espécies causadoras de prejuízos em cafezais em todo o Brasil, esse trabalho teve como objetivo identificar desenvolver protocolos moleculares de identificação baseados na técnica de amplificação isotérmica mediada por loop (LAMP). Para isso, inóculos dessas espécies foram mantidos em casa de vegetação em plantas de tomate e café. A identificação molecular de M. incognita e M. paranaensis pode ser feita por meio da reação em cadeia da polimerase com primers SCAR (Mi2F4/Mi1R1 e par-C09-F/par-C09-R). A primeira etapa para o desenvolvimento de protocolos LAMP envolve o desenho de primers. Considerando a elevada similaridade de M. incognita e M. paranaensis em várias regiões genômicas, optou-se neste projeto amplificar as regiões dessas espécies com primers SCAR, sequenciar os amplicons e usar tais informações para o desenho dos primers LAMP. Foram obtidas as sequências dos fragmentos amplificados pelos primers SCAR de M. incognita e M. paranaensis. Em função do atraso no envio das amostras e recebimento das sequências, o projeto encontra-se em fase de desenho de primers LAMP e avaliação de outras regiões genômicas com potencial para exploração. Em seguida, as reações serão otimizadas com os primers desenhados e os protocolos serão avaliados quanto à especificidade e sensibilidade na identificação de M. incognita e M. paranaensis. Agradecimentos: FAPEMIG, CNPq e CAPES. |