"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19085

ISSN 2237-9045
Instituição Colégio Ômega Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde coletiva
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG, MEC
Primeiro autor Cecília Luis de Queiroz
Orientador MARIA APARECIDA SCATAMBURLO MOREIRA
Outros membros Arthur San't Anna Meira Haddad, Douglas Correia de Souza, Guilherme Fraga de Souza Miranda, JACKSON VICTOR DE ARAUJO, Luís Felipe Leocádio Rigueira, Luís Felipe Toledo, Rodrigo Vieira de Miranda
Título Caenorhabditis elegans como biosensor para triagem de agrotóxicos em alimentos in natura.
Resumo Introdução: O alto índice de agrotóxicos nos alimentos e seu impacto na Saúde Única (humana, animal e ambiental) destacam a necessidade de expandir estudos que foquem na promoção da segurança alimentar. C. elegans, enquanto organismo modelo de pesquisa, tem ganhado destaque como biossensor para triagem de agentes tóxicos e no controle de qualidade da água, de alimentos e outros produtos de uso humano como medicamentos. Este nematoide apresenta características técnicas e éticas, livres de risco, que são compatíveis com abordagens didáticas nas escolas de ensino básico, como baixo custo, facilidade de cultivo e aplicabilidade em sala de aula.
Objetivos: Desenvolver um biossensor em salas de aula do ensino básico para triagem de agrotóxicos e agentes tóxicos em alimentos in natura.
Descrição das Principais Ações: Os animais utilizados foram oriundos do Caenorhabditis Genetics Center, doados gentilmente pela Profa. Priscila Gubert (UFPE). Foram utilizadas a cepa de C. elegans Bristol N2 e a cepa da bactéria Escherichia Coli OP50 como fonte de alimento para o nematoide. Os vermes foram cultivados em incubadora B.O.D a 20°C em placas contendo Meio-NGM (1,7% Bactoágar, 0,5% Bacto peptona, 50 mM NaCl, 25 mM tampão fosfato de potássio pH 6,0, 1 mM CaCl2, 1 mM MgSO4 e 5 μg/mL de colesterol, H2O a 1 litro) onde foram manipulados e sincronizados por meio de técnicas estabelecidas. Os alimentos in natura foram adquiridos no comércio local do município de Viçosa-MG. Cerca de 300 gramas de cada alimento foram lavados por fricção em 30ml de água destilada. Em sequência, os organismos foram expostos a esta água residual em placas de 6 poços. Foram pipetados em triplicada: 3ml da água residual, 25ul de meio tamponado contendo os nematóides sincronizados em L4 e 25ul de E. coli OP50 em meio LB. Água destilada foi utilizada como controle negativo. Pelo menos 30 nematóides foram recuperados após 24 horas de exposição. A avaliação de sobrevivência foi realizada por microscopia onde os animais foram considerados mortos na ausência de movimento e calculada com a fórmula: sobrevivência (%) = (vermes vivos / total de vermes utilizados) × 100.
Resultados obtidos até o momento: Foram testadas a água residual da lavagem dos seguintes alimentos e diferentes produtores (P): Pimentão-verde (6P), Tomate cereja (4P), Uva (1P) e Goiaba (1P). O controle negativo apresentou sobrevivência de 100% dos animais expostos. Dos 12 alimentos de diferentes produtores testados, 3 apresentaram taxas de mortalidade expressivas (entre 58 a 67% de sobrevivência) evidenciando taxas de agrotóxicos capazes de gerar mortalidade nos animais testados.
Conclusões: Foi possível verificar agentes nocivos em C. elegans na água residual da lavagem de alimentos in natura. Estudos futuros devem focar em novas análises com testes mais sensíveis à identificação de quais são os agentes tóxicos presentes nos alimentos triados.
Palavras-chave Inocuidade Alimentar, Biotecnologia, Saúde-Única
Forma de apresentação..... Vídeo
Link para apresentação Vídeo
Gerado em 0,63 segundos.