"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19062

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Biologia geral
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Alice Cristina de Sampaio e Silva
Orientador FERNANDA MARIA COUTINHO DE ANDRADE
Outros membros Alexandre de Adraão de Paula, Loany de Paula Macêdo, Mariana Carvalho de Paula, Zaquiel da Silva Santos
Título Interculturalidade na formação de professores na área de ciências: Um estado do conhecimento
Resumo A sociedade brasileira é marcada por processos históricos de violência e exploração de determinados grupos. Lógica que se reproduz por meio do racismo, da discriminação e pelo fechamento ao diferente. Essa conjuntura está presente nas mais diversas esferas sociais, incluindo a Escola. A cultura escolar dominante prioriza o homogêneo e o comum, colocando os estudantes como receptores passivos, tratando as diferenças históricas e a diversidade de modos de existir como problemas a serem resolvidos, não como aliados à perspectiva de uma educação democrática. Nesse sentido, a narração dos conteúdos pelas/os professoras/es, alheia à experiência existencial das/os educandas/os, esvazia a palavra de sua dimensão concreta. Os currículos escolares, seguindo a linha hegemônica da Ciência, reforçam uma educação que tende a negligenciar a diversidade de conhecimentos e culturas, hierarquizando saberes. Tal realidade, se explica pela valorização do saber acadêmico em detrimento dos demais. Contexto que se reproduz no ensino de Ciências e Biologia e na formação de professores. Apesar disso, existem leis que contribuem para a mudança dessa realidade, assim como, a educação intercultural, que sendo uma pedagogia do encontro, prioriza a interação entre sujeitos, reconhecendo reciprocamente seus direitos e dignidade, envolvendo identidades culturais e questiona constantemente as estruturas de poder que geram a submissão de saberes e modos de vida. Nesse contexto, o presente trabalho visa entender como as produções científicas envolvendo a interculturalidade e a formação de professores nas Ciências são realizadas e quais suas lacunas. Para tal objetivo a pesquisa se caracteriza como qualitativa do tipo estado do conhecimento e foi elaborada a partir da pesquisa bibliográfica e as análises feitas a partir da análise de conteúdo, sendo a pesquisa de artigos realizada no portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e em anais de cinco edições do Congresso Nacional de Educação (Conedu), para as buscas foram utilizados os seguintes descritores: “formação de professores”, “intercultural” e “ciências”. Foram analisados 24 artigos, oito dissertações, e sete trabalhos do Conedu. Os resultados apontam o uso de metodologias consolidadas na área da educação, como entrevistas, questionários e pesquisas documental e bibliográfica para a coleta de dados e a análise documental para tratamentos dos dados, apontam também, a necessidade de maiores esclarecimentos, principalmente em relação a metodologia utilizada nas pesquisas realizadas, já que muitas produções não apresentavam o método de análise e/ou coleta de dados, principalmente em seus resumos, além da necessidade de maiores pesquisas na área, principalmente aquelas que promovam a elaboração de formações e materiais didáticos e que não apenas investiguem experiências já existentes.
Palavras-chave Interculturalidade, Formação de professores, Ciências
Forma de apresentação..... Vídeo
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