"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19061

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Danielle Maria Alves Ferreira
Orientador FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Outros membros Ana Maria Barros Marques, ARTUR KANADANI CAMPOS, Isabela Normando Mascarenhas, Mariana Soares da Silva
Título Contribuições para a determinação do perfil sanitário de saguis híbridos (Callithrix sp.) no município de Viçosa - MG e região
Resumo Híbridos do gênero Callithrix são espécies invasoras no município de Viçosa - MG e são uma das principais ameaças à conservação do sagui-da-serra-escuro (C. aurita), espécie endêmica da região. Além da competição por recursos e hibridação, a semelhança fisiológica e genética entre as espécies deste gênero favorece a transmissão de doenças infecciosas entre os indivíduos. Ademais, algumas das doenças que ocorrem em primatas-não-humanos também podem ser transmitidas para os seres humanos. Portanto, o estudo acerca das doenças que ocorrem em saguis híbridos de vida livre (Callithrix sp.) é fundamental não só para a conservação das espécies ameaçadas, mas também para auxiliar na adoção de medidas profiláticas acerca de possíveis zoonoses. Sabe-se que há uma grande gama de espécies de helmintos que parasitam primatas não-humanos. Em razão disso, objetivou-se identificar a helmintofauna de saguis híbridos provenientes de fragmentos de mata do município de Viçosa – MG e região. A execução deste trabalho ocorreu junto do projeto de doutorado intitulado “O perfil epidemiológico dos saguis-da-serra-escuro (C. aurita) em manejo ex situ e de seus congêneres invasores de vida livre (Callithrix sp.) no município de Viçosa-MG e região”. No período de 04/11/2021 a 05/07/2023, foi realizada a coleta de amostras de fezes de 28 saguis híbridos de vida livre. As amostras de fezes foram submetidas ao Método de Hoffman, Pons e Janer, que é o método mais adequado para o diagnóstico de helmintos em saguis. Os ovos encontrados foram medidos e identificados, mas não quantificados. Foram observadas estruturas parasitárias em 82,1% das amostras (n=23); apenas 3,6% (n=1) apresentou coinfecção e 17,8% (n=5) não apresentaram infecção. Foi possível identificar o parasita Primasubulura jacchi em 71,4% (n=20) e Prosthenorchis sp. em 14,3% (n=4) dos animais. Apesar de não ser possível identificar a espécie de Prosthenorchis apenas pela morfologia dos ovos, sabe-se que P. elegans tem como hospedeiro principal o C. jacchus e é uma das mais importantes causas de mortalidade em Callithrix. Dos 28 animais que testaram positivo para endoparasitas, 15 foram avaliados clinicamente. Apesar de todos apresentarem pelagem íntegra e densa, o único animal coinfectado por P. jacchi e Prosthenorchis apresentou escore corporal igual a 2 (caracterizado pela proeminência do ílio e das vértebras da coluna à palpação e pela pouca gordura presente nas costelas), achado este que foi encontrado em 42,8% (n=6) dos animais infectados apenas por P. jacchi. Além disso, 42,8% (n=6) dos animais parasitados por P. jacchi também apresentaram mucosa anal hiperêmica, sendo que um deles chegou a desenvolver prolapso retal parcial. Conclui-se que, ainda que P. jacchi não seja considerado altamente patogênico, os animais infectados por este helminto podem apresentar manifestações clínicas da parasitose, sendo elas caracterizadas pela inflamação da mucosa anal e baixo escore corporal.
Palavras-chave primatas não-humanos, Primasubulura jacchi, Prosthenorchis sp.
Forma de apresentação..... Vídeo
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