"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19051

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia química
Setor Departamento de Química
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Marcos Bedetti Frade Barbosa Tavares
Orientador REJANE DE CASTRO SANTANA
Título Efeito das condições de extração da mucilagem de chia (Salvia hispanica L.) em suas propriedades reológicas
Resumo As sementes de chia (Salvia hispanica L.) são foco de estudos na área de alimentos, uma vez que, possuem alto valor nutricional, como elevado teor de ômega 3 e fibras dietéticas. A mucilagem que pode ser extraída da semente possui potencial como emulsificante, estabilizante e substituto lipídico, sendo que as condições de extração influenciam as características da mucilagem e o rendimento do processo. Entretanto, as propriedades tecno-funcionais da mucilagem de chia ainda não foram completamente exploradas. Neste viés, a presente pesquisa tem como objetivo extrair e caracterizar a mucilagem obtida em dois processos distintos, nomeados como processo a quente e a frio. Na extração à quente, a dispersão aquosa de semente de chia (1:20) em pH 8,0 foi submetida a 80°C por 2 horas, enquanto a extração a frio foi realizada em temperatura ambiente (25°C), nas mesmas condições de pH, tempo e diluição. A dispersão de mucilagem foi separada das sementes em despolpadeira e então a dispersão foi seca em estufa a 80°C por 6 horas (método quente) ou liofilizador por 48h (método frio). Após a remoção da umidade, as mucilagens foram caracterizadas quanto à composição centesimal, e utilizadas no preparo de dispersões em diferentes concentrações (% m/m) (0,50, 0,75, 1,00, 2,00 e 3,00 %) em pH 6,5 para avaliação de sua reologia em estado estacionário. Os rendimentos (% massa de mucilagem seca/massa de semente) das extrações foram 7,81% (método quente) e 6,20% (método frio), respectivamente. Com relação a composição (% m/m), a mucilagem extraída a quente apresentou 15,16 % proteínas, 1,5 % lipídeos, 14,05 % umidade, 10,67 % cinzas e 58,62 % carboidratos, enquanto a mucilagem extraída a frio apresentou 4,16 % proteínas, 4,36 lipídeos %, 15,64 água % , 7,92 % cinzas e 67,91 % carboidratos. As dispersões preparadas com a mucilagem extraída a quente apresentaram comportamento pseudoplástico. A viscosidade a 100(s^-1) aumentou com a concentração de mucilagem, variando entre 29,7 à 584 (mPa/s). O índice de consistência do fluido (k) variou entre 285 e 6563 (mPa/s), enquanto o índice de comportamento (n) apresentou valores entre 0,60 e 0,48. Já as dispersões com mucilagem extraída a frio apresentou comportamento reológico de Herschel-Bulkley, com tensão residual variando de 409,49 a 528,11 mPa. A viscosidade(μ) aumentou com a concentração de mucilagem, variando de 894,53 à 21.081,33 (mPa/s). Para o índice de consistência do fluido (k) obteve-se valores entre 8,44 e 1315,09 (mPa/s), e o índice de fluxo(n) variou entre 0,89 e 0,59. Conclui-se que a extração a 25°C preservou as propriedades da mucilagem, resultando em dispersões com maior viscosidade e índice de consistência, além de tensão residual, propriedades muito importantes para a estabilização cinética de dispersões e emulsões. Futuramente, as mucilagens produzidas serão avaliadas em ensaio de calorimetria e análise de infravermelho para auxiliar ainda mais na compreensão destes resultados.
Palavras-chave Dispersão, viscosidade, temperatura
Forma de apresentação..... Vídeo
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