Resumo |
A palmeira Macaúba (Acrocomia aculeata), espécie nativa do Brasil, possui elevado potencial para a produção de óleo, utilizado em diversas aplicações, como biodiesel, indústria alimentícia e cosméticos. O objetivo desse trabalho, foi comparar a eficiência dos métodos de prensagem a frio e extração por solvente na quantificação do teor de óleo em frutos de macaúba. Para isto, os frutos foram coletados do Banco Ativo de Germoplasma de Macaúba (BAG - Macaúba), localizado na Unidade Experimental de Araponga - MG, pertencente ao Departamento de Agronomia da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O plantio foi feito em 1º de março de 2018, portanto a idade das plantas é de cinco anos, estando em seu primeiro ano de produção. A safra ocorreu entre janeiro e maio deste ano. Após a colheita, os frutos foram levados ao Laboratório de Pós-Colheita da UFV, onde foi realizada a caracterização morfológica e a determinação do teor de óleo da polpa. A despolpa dos frutos foi realizada de forma manual por meio de facas e tábuas, e em seguida aplicação de dois métodos de extração de óleo: Prensagem a frio e extração por solvente utilizando o método de Soxhlet. No método de Soxhlet, foi utilizado extrator de óleos e graxas Marconi 044/8/50, (Marconi, Brasil), o teor de óleo do mesocarpo (TOM) foi determinado após a secagem dos materiais à 65°C em estufa com circulação de ar forçado, usando aproximadamente 5 g de cada material, desidratado em cartuchos de papel, com solvente orgânico n-hexano (C6H14), a 80º C, para cada material utilizou-se de quatro repetições. Já a prensagem a frio, foi feita através de uma prensa hidráulica (Ribeiro) com capacidade de 30 tf (2,94. 105N) incluindo 10 frutos por genótipo. Ao final, obteve-se o teor de óleo em porcentagem por meio dos dois métodos, permitindo a comparação de sua eficácia. Observou-se que o método de extração por solvente teve ganhos superiores em todos os materiais analisados, variando de 15,14% até 152,20%. Não foram identificadas relações distintas que explicassem a discrepância entre os métodos de prensagem. Conclui-se que a prensagem a frio não segue um padrão confiável e preciso para a quantificação do teor de óleo, sendo um método pouco eficiente quando comparado à extração por solvente. No entanto, é importante buscar outras alternativas para a determinação do teor de óleo, uma vez que o hexano, um solvente comumente utilizado, apresenta alta volatilidade, inflamabilidade e toxicidade. |