"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19022

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Bioquímica
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa SICOOB-UFVCredi
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, SICOOB-UFVCredi
Primeiro autor Sara Andrade Machado
Orientador RAPHAEL DE SOUZA VASCONCELLOS
Outros membros CHRISTIANE MARIOTINI MOURA VASCONCELLOS, JULIANA LOPES RANGEL FIETTO, Rayane Luiza de Carvalho, ROBSON RICARDO TEIXEIRA
Título Avaliação da atividade leishmanicida in vitro e estudo in silico de compostos com estrutura inspirada no SRPIN340 em Leishmania infantum
Resumo Leishmaniose é uma doença negligenciada endêmica em algumas regiões do mundo, com um grande impacto na saúde brasileira. A doença se apresenta em três formas principais: leishmaniose cutânea (LC), mucocutânea (LM) e visceral (LV). A forma visceral da doença, causada por Leishmania infantum, é sistêmica e pode levar à morte se não tratada. No entanto, os tratamentos atuais enfrentam desafios devido à administração, efeitos adversos e resistência do parasito. Estudos recentes têm explorado as Serine-arginine Protein Kinases (SRPKs) como possíveis alvos terapêuticos, pois desempenham um papel crucial na regulação de processos celulares em eucariotos superiores. Inibidores específicos de SRPKs, como o SRPIN340, mostram alta seletividade para essas enzimas e destacam o potencial delas como alvos farmacológicos. Embora existam poucas informações sobre essas enzimas em protozoários, estudos já descreveram a presença de SRPKs em Plasmodium falciparum, Trypanosoma cruzi e Leishmania braziliensis. Este estudo teve como objetivo avaliar a atividade leishmanicida in vitro de compostos com estrutura inspirada no SRPIN340 e realizar estudos in silico na SRPK de L. infantum (LiSRPK). Foram testados dez compostos com estrutura inspirada no SRPIN340. A triagem dos compostos foi realizada in vitro usando macrófagos RAW 264.7 cultivados em meio RPMI-1640. As células foram tratadas com 10 µM de cada composto por 48 horas, e a viabilidade celular foi avaliada pelo método da resazurina. Após a triagem, os macrófagos foram infectados com Leishmania infantum e tratados com 10 µM dos compostos durante 48 horas. A modelagem tridimensional da LiSRPK foi realizada usando o servidor online AlphaFold2, com refinamento energético no DeepRefiner e validação. Os cálculos de ancoragem molecular foram realizados no software GOLD. Todos os compostos testados mostraram pelo menos uma ligação de hidrogênio válida nos cálculos de ancoragem molecular, indicando seu potencial como inibidores da LiSRPK. Além disso, nenhum dos compostos causou diminuição na viabilidade dos macrófagos, com uma taxa de sobrevivência de no mínimo 80%. No ensaio de infecção, o composto MR49 reduziu a viabilidade celular dos parasitos em 50%, enquanto os compostos MR51, MR52, SM20 e SM23 reduziram a viabilidade entre 30% e 35%, respectivamente. Embora a atividade leishmanicida na concentração de 10 µM não tenha sido superior à anfotericina B usada nos controles, a ausência de toxicidade em macrófagos nas concentrações superiores a 200 µM sugere que concentrações mais altas podem ser utilizadas no ensaio de infecção, mantendo um índice de seletividade ainda seguro. Os resultados indicam que os compostos com estrutura inspirada no SRPIN340 têm potencial como inibidores da LiSRPK. Estudos adicionais são necessários para avaliar a eficácia e a seletividade desses compostos. A inibição da LiSRPK pode representar uma estratégia promissora para o desenvolvimento de novos tratamentos para a leishmaniose visceral.
Palavras-chave Leishmaniose, fármaco, quinases
Forma de apresentação..... Vídeo
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