Resumo |
A Rasltonia solanacearum é uma bactéria gram negativa, patogênica para um grande número de espécies vegetais. Fitopatógeno agressivo e dinâmico, com ampla distribuição geográfica, causa murcha bacteriana, doença de difícil controle, pois a bactéria sobrevive por longos anos associada à região próximas às rizosferas, impactando o agronegócio brasileiro. A bactéria penetra a planta por ferimentos nas raízes, alojando-se nos vasos condutores, entupindo o xilema, ocasionando em folhas murchas à medida que a doença evolui e gera prejuízos financeiros. O objetivo do trabalho é desenvolver formulações baseadas em RNA antisenso para o controle do fitopatógeno causador da murcha bacteriana, pois não há cultivares com alta resistência à doença ou medida de controle individualmente eficaz, além de evitar a bioacumulação de agrotóxicos utilizados no seu controle no ambiente. Com isso, se faz necessário se utilizar da biotecnologia e biologia molecular para inibir a infecção da Rasltonia spp, através da tecnologia de RNA anti-sentido permanente, tendo em vista seu caráter sistêmico e especifico. Inicialmente foi feito o desenho dos primers dos genes específicos rpoB e gyrB das cepas: Rasltonia solanacearum(B73) e Rasltonia pseudosolanacearum(B05). A extração do DNA genômico de bactéria gram negativa foi realizada utilizando o kit (Cellco) e do DNA extraído foi quantificado utilizando Quilbit Fluorometric Quantification. Após isso, realizou-se a técnica de PCR (reação de cadeia em polimerase) para amplificar as regiões especificas através dos primers para os genes de cada estirpe. Foi realizado o procedimento de clonagem com ligação vetor pGEM-T e transformação com E.coli DH5-alfa em meio LB ágar com Xgal e ampicilina (100mg/mL) com incubação à 37°C por 24h. Em seguida, foi extraído o DNA plasmidial por Miniprep e PCR utilizando primers específicos para o gene clonado. Após isso, a bactéria da linhagem HT115 foi transformada com o plasmídeo clonado contendo as sequências codificadoras de RNA antisenso de interesse. A curva de crescimento das estipes foi realizada utilizando o Meio Phi com incubação à 28°C sob agitação por 52h, seguido de plaqueamento para obter UFC/mL em meio CPG ágar 1,5% de 4h em 4h com incubação à 28°C por 36h. Infectou-se os tomates Santa Clara com cinco semanas, injetando 5µL de suspensão bacteriana (106UFC/mL) com uma microseringa de 10 µL, 2 cm abaixo do cotilédone a um ângulo de 30°. Como resultado, através de Eletroforese e visualização em gel de agarose se obteve a confirmação da extração DNA genômico e amplificação dos primers específicos. Os plasmídeos contendo o gene gyrB da cepa B05 e gene rpoB da cepa B05 foi eficientemente clonado em DH5-alfa. As infecções apresentaram resultados mais expressivos na cepa B05, sendo a espécie pseudosolanacearum(B73) patogênica, porém menos virulenta. Com isso, se observa o caráter promissor da pesquisa em relação ao controle da Rasltonia spp e sua diversidade genética em amplos ambientes. |